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Os pedalinhos do sítio de Atibaia têm gravado os nomes dos netos de Lula: ex-presidente garante que propriedade não é dele. | Jorge Araújo/Folhapress
Os pedalinhos do sítio de Atibaia têm gravado os nomes dos netos de Lula: ex-presidente garante que propriedade não é dele.| Foto: Jorge Araújo/Folhapress

O passaporte do ex-presidente Lula que foi furtado de um carro na noite de segunda-feira (16), em Curitiba, estava sob os cuidados do assessor Edson Antônio Moura Pinto. Segundo reportagem do jornal O Globo, trata-se do mesmo assessor que, em 19 de dezembro de 2013, comprou os dois pedalinhos usados no sítio de Atibaia (SP). O nome dele aparece em notas fiscais apensadas ao processo que corre na Justiça Federal.

Obras e benfeitorias feitas na propriedade são alvo de investigação da Operação Lava Jato, sob suspeita de serem “propina disfarçada” paga por empreiteiras beneficiadas com contratos na Petrobras, como Odebrecht e OAS. Lula é réu em uma ação por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o sítio de Atibaia aberta pelo juiz Sergio Moro, desde agosto do ano passado. Mas a investigação começou ainda em fevereiro de 2016.

O petista, que está preso por causa da condenação no caso do tríplex do Guarujá, nega ser dono da propriedade e diz que é vítima de perseguição política. Os pedalinhos têm gravado os nomes dos netos de Lula. Vários objetos que pertencem ao ex-presidente e a falecida ex-primeira dama Marisa Letícia foram encontrados pela Polícia Federal no local.

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Moura Pinto é subtenente do Exército e assessor especial do ex-presidente com salário e diárias pagas pela Presidência da República. Ele trabalha na segurança do petista desde que Lula deixou o Palácio do Planalto, em 2010. Como ex-presidente, o petista tem direito a oito assessores, sendo quatro seguranças.

Na noite de segunda-feira, por volta das 22h30, ele estacionou o veículo – um Ford Ka sedan – na Alameda Julia da Costa, no bairro São Francisco, próximo ao diretório estadual do PT. O carro ficou estacionado no local por algumas horas e Moura Pinto só notou o arrombamento quando voltou. Além do passaporte, o ladrão levou um frigobar, roupas, talão de cheque do ex-presidente e uma pasta com cartas e documentos, segundo a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT.

O arrombamento está sendo investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.

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