A economia brasileira teve queda de 0,74% em março na comparação com fevereiro, o que levou a atividade do primeiro trimestre a cair em relação aos três últimos meses do ano passado, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Banco Central.
Dessa forma, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), indicador projetado para tentar replicar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,13% em relação ao último trimestre de 2017.
O BC também revisou para baixo o indicador de fevereiro, que antes mostrava uma alta de 0,09% ante janeiro e agora apresenta uma queda de 0,1% na mesma comparação.
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Com a recuperação irregular da economia, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central no boletim Focus vêm reduzindo suas projeções para o PIB deste ano semana a semana.
Na última pesquisa, a média das expectativas para 2018 se reduziu para 2,51% de alta, ante um crescimento de 2,76% há quatro semanas.
O comportamento errático da economia também pode ser observado nos dados do IBGE para indústria, serviços e comércio.
Em março, a indústria teve queda de 0,1%, frustrando expectativas do mercado, que esperava aumento de 0,5%. A queda foi provocada por retração no setor de bens intermediários, que correspondem a 60% da indústria nacional. No primeiro trimestre, a indústria brasileira teve crescimento de 3,1%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, um ritmo menor do que no trimestre anterior, quando a taxa foi de 4,9%.
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No caso de serviços, houve retração de 0,2% em relação a fevereiro, contra expectativa de recuo de 0,5% de analistas consultados pela agência Reuters. Com isso, o setor de serviços encolheu 0,9% no trimestre passado sobre o período imediatamente anterior. No quarto trimestre de 2017, a atividade havia crescido 0,5%.
No caso do varejo, as vendas cresceram 0,3% em março na comparação com o mês anterior. Dessa forma, as vendas varejistas terminaram o primeiro trimestre deste ano com aumento de 0,7% nas vendas sobre o quarto trimestre do ano passado, quando houve estabilidade.