Superada a votação no Congresso Nacional do decreto que assegurou a intervenção federal, basicamente militar, no Rio de Janeiro, o governo e seus líderes celebram o feito e projetam Michel Temer na disputa presidencial. Sem meias palavras, governistas argumentam que a questão só será resolvida à bala. Um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Darcisio Perondi (PMDB-RS) disse à Gazeta do Povo que agora “é tiro na testa” de bandidos com fuzis.
“O governo foi bem (na votação). Tínhamos segurança na votação. Agora, é matar bandido. Bandido com fuzil na mão, no Rio, é tiro na testa. Tiro na testa dele”, disse Perdondi à Gazeta, em entrevista concedida na última sexta-feira.
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Um dos principais defensores e articuladores do Palácio do Planalto na Câmara, Perondi classificou a presença das Forças Armadas no Rio como o início de uma “guerra” e, perguntado se pode haver excessos, disse que, numa guerra sempre, pode haver algum problema.
“Quem pensa em excesso...Pensa que numa guerra não pode haver algum problema? Claro que pode. Agora se estabeleceu uma guerra definitiva. Ou o governo federal vence essa guerra ou o Rio ficará nas mãos dos bandidos definitivamente”, completou Perondi.
“Essa guerra é dura, mas o governo vai ganhar, viu?”
Para ele, ao decretar a intervenção no Rio, o presidente Temer teve a firmeza que nenhum de seus antecessores tiveram.
Perondi é candidato à reeleição à Câmara e afirmou que a investida no Rio torna Temer um candidato potencial à Presidência. Para ele, Temer agiu com correção a não colocar em prática o conselho de uma intervenção total no estado, inclusive com a retirada do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) do cargo.
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