Bolsonaro confirma general Heleno no GSI e busca nome da Marinha para a Defesa

A equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou nesta quarta-feira (7) que o general Augusto Heleno vai assumir o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele havia sido anunciado como ministro da Defesa, mas por decisão do próprio Bolsonaro, em conjunto com Heleno, foi feita essa troca. Com isso, o general passa a fazer parte do “núcleo duro” do governo e trabalhar ao lado de Bolsonaro no Planalto.

“Quem pode se dar ao luxo de privar da companhia do general Heleno. Se depender de mim, ele vai para o GSI. Se ele achar melhor a Defesa...”, disse Bolsonaro ainda na terça-feira (6), a jornalistas. Nesta quarta, veio a confirmação de Heleno no GSI. A informação foi confirmada também pelo próprio general da reserva, após reunião com Bolsonaro.

Nome da Marinha pode ir para o ministério da Defesa

Sobre o ministério da Defesa, que ficou com o cargo vago com a saída de Heleno, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, disse que Bolsonaro ainda está escolhendo o nome que comandará a pasta. Mas, provavelmente, adiantou Mourão, será escolhido um general da Marinha, já que militares do Exército e da Aeronáutica ocuparão outros ministérios chaves no novo governo.

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“O general Heleno é uma cabeça brilhante que não pode ser desperdiçada. O presidente Bolsonaro está escolhendo outro general para a Defesa, pensando em algum nome da Marinha para ter equilíbrio”, disse o vice-presidente eleito nesta quarta ao chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), local destinado para a equipe de transição do governo.

Ainda na terça-feira (6), Bolsonaro já havia sinalizado que um nome da Marinha pode ir para a Defesa. “Se o general Heleno for pro GSI, acho que a Marinha seria muito bem representada, para dizer que vamos dar espaço pra todas as forças.”

Outra possibilidade é manter o atual ministro, o general Joaquim Silva e Luna. Ele, do Exército, foi nomeado em fevereiro como ministro interino e, em junho, efetivado à frente da pasta pelo presidente Michel Temer. Foi a primeira vez que um militar assumiu o cargo desde que a pasta foi criada, em 1999.