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| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não viu “nada de mais” na defesa feita por um general da ativa de uma intervenção militar no país, caso a Justiça não resolva o problema da corrupção na política. Bolsonaro defendeu as declarações do general Antônio Hamiltom Mourão, que é secretário de Economia e Finanças do Comando do Exército. O militar afirmou, em palestra na última sexta-feira, que as Forças Armadas terão que “impor isso” - uma intervenção - se a Justiça não “retirar” da vida pública “os elementos envolvidos em ilícito”, se referindo a políticos.

Bolsonaro disse à Gazeta do Povo que se trata também de uma manifestação de liberdade de expressão do militar. Não é comum militares da ativa se expressarem sobre a situação política do país. “Não achei nada de mais. Ele falou como um brasileiro qualquer que está indignado com esse estado de putrefação da política brasileira. Isso para mim é liberdade de expressão. É um cidadão. Não tem nada a ver (condenar sua fala)”, disse Bolsonaro.

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Na sequência, o deputado, que é o primeiro ex-militar com chances de chegar à Presidência da República pelo voto direto após o golpe militar de 1964, criticou o governo Temer e o citou como exemplo de corrupção a compra de votos que pratica para se manter no cargo.

“Se comprar teu voto, isso é democracia? O Temer está comprando voto no Parlamento e estamos vivendo numa democracia. As Forças Armadas estão com problemas seríssimos e também esse problema da corrupção. Quer que as Forças Armadas apoiem esses bandidos que compram votos?! Tem que apoiar quem não compra votos”, completou Bolsonaro.

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Na palestra que fez numa loja maçonica em Brasília, na última sexta-feira, o general Mourão disse, em defesa da intervenção: “Até o momento em que ou as instituições solucionam o problema político pela ação do Judiciário, retirando da vida pública elementos envolvidos em ilícitos, ou teremos que impor isso”.

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