Após o senador Magno Malta (PR-ES) afirmar que deixará a política, nesta quarta-feira (5), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que “as portas estão abertas” para o capixaba em seu futuro governo, mas não como ministro.
“Um soldado serve à pátria, assim como um general, um bom jornalista, um bom profissional. Sobre a questão de um possível ministério, não achamos adequado para ele [Malta] no momento”, disse Bolsonaro. “Agora, ele pode estar do meu lado, sim. Nunca foram fechadas as portas. Ele pode servir à pátria estando ao meu lado em outra função.”
Bolsonaro afirmou ainda que se ofertasse ministério a todos os seus amigos “ficaria complicado”. “O perfil dele não se enquadrou nessa questão, apenas isso. Continuo devedor, sou grato [a Magno Malta]. As portas da transição estão abertas”, reforçou.
O presidente eleito também disse que tem uma “dívida de gratidão” com Malta, mas que não houve comprometimento em oferecer um ministério para o senador, que não conseguiu se reeleger. Bolsonaro lembrou que ofereceu a vaga de vice para Malta em sua chapa, mas que ele optou por tentar a reeleição ao Senado.
“Muita gente que falava mal do Bolsonaro, não pedia voto, e agora tá aí, se aproximando”, diz Malta
Nesta quarta, Malta havia declarado, em entrevista ao site The Intercept Brasil, que ainda torce por Bolsonaro e o considera “um amigo”. Mas também avaliou que “muita gente que falava mal dele, não pedia voto, e agora tá aí, se aproximando”. Ele também disse que quer se dedicar ao projeto de recuperação de viciados em drogas que mantém em Cachoeiro (ES) e ver os netos crescerem. “O meu papel foi feito. Tudo passa nessa vida”, comentou.
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O presidente eleito chegou a convidar a assessora parlamentar de Malta, Damares Alves, para o Ministério dos Direitos Humanos, mas ainda não houve um posicionamento definitivo sobre o assunto. Bolsonaro reforçou que ela continua entre as cotadas para o cargo, mas que ainda não tomou a decisão.
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