Apoiadores do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato às eleições presidenciais, desistiram de fazer a lavagem das escadarias do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, onde o ex-presidente Lula discursou na quarta (28), encerrando sua caravana pelo Sul do país.
A lavagem, segundo o PSL, seria feita minutos antes de uma entrevista coletiva que Bolsonaro concederia à imprensa na praça. A coletiva também foi cancelada.
Neste momento é encenada uma peça do Festival de Teatro de Curitiba bem em frente à escadaria. O público que assiste à peça está sentado justamente ali. Também não havia sinal de apoiadores de Bolsonaro no local.
Assessores do deputado Fernando Francischini (PSL-PR), que recepciona o presidenciável, teriam notado a presença de “muita gente de esquerda” e que “era melhor nem ficar identificado com o colete do Francischini porque podia dar confusão”.
Bolsonaro participa de um almoço no restaurante Madalosso, em Santa Felicidade. O almoço, por adesão, custa R$ 45.
“Lavar a sujeira”
“A ideia é esta mesmo, lavar a praça que foi usada por Lula, que deveria estar na cadeia e não fazendo caravanas pelo país. Vamos lavar esta sujeira que o PT fez e deixou no Brasil”, disse Bolsonaro, segundo nota enviada no início da manhã pela equipe que o recepciona em Curitiba.
O deputado já havia feito provocações ao ex-presidente na manhã de quarta, quando passou por Curitiba antes de seguir para Ponta Grossa. “O Lula quis transformar o Brasil num galinheiro, agora colhe ovos pelo Brasil todo”, disse Bolsonaro do alto de um caminhão de som no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais.