“Queremos um Brasil grande, assim como Donald Trump e vocês querem uma América grande”. Jair Bolsonaro parafraseou um dos lemas de campanha de Trump, para falar sobre os seus objetivos como presidente do Brasil em discurso na Câmara de Comércio americana, na tarde desta segunda-feira (18), em Washington.
Em discurso de cerca de 10 minutos, Bolsonaro exaltou o governo americano, falou de sua admiração pelo país e o desejo de criar uma relação próxima com os Estados Unidos. “Gostaria de fazer muitas parcerias nas mais diversas áreas: agricultura, mineração, biodiversidade. Gostaria muito destas parcerias porque este é um país que admiro”.
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Mas não foi só na economia em que Bolsonaro disse que quer ver Brasil e EUA atuando juntos. Quando falou sobre a Venezuela, Bolsonaro falou que os dois países precisam atuar juntos para, no que ele definiu, libertação do povo venezuelano. “Temos alguns assuntos que estamos trabalhando juntos. Reconhecendo, obviamente a capacidade econômica, bélica entre outras dos Estados Unidos. Temos que resolver a questão da nossa Venezuela. A Venezuela não pode continuar na maneira em que se encontra. Aquele povo tem que ser libertado. E acreditamos e contamos com o apoio, obviamente, do governo americano para que esse objetivo seja alcançado”.
Bolsonaro por muitas vezes comparou os valores do povo brasileiro com o do povo americano, dizendo que são dois países com valores conservadores e que não aceitam a corrupção. Disse também que após muitos anos se quebrou um paradigma no Brasil, em que até a sua eleição, um candidato para se eleger presidente do Brasil precisava estar “de mãos dadas com a corrupção e ser inimigo do Estados Unidos”.
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Sobre a sua falta de experiência no Executivo, Bolsonaro falou aos convidados que tem 30 anos de experiência na vida pública e que está muito bem assessorado por 22 ministros. Fez questão de exaltar a capacidade do ministro da Economia, Paulo Guedes, que havia discursado momentos antes por cerca de 40 minutos. “Conheço ele há um ano e pouco e foi paixão à primeira vista, economicamente”.
Encerrou o discurso dizendo que amanhã será um grande dia na Casa Branca, quando à tarde irá se encontrar com o presidente americano Donald Trump.
Venezuela
Em dois dias nos Estados Unidos é a segunda vez em que Bolsonaro fala sobre uma parceria bélica entre os dois países. Em seu discurso no jantar promovido pela Embaixada do Brasil em Washington, no domingo (17), Bolsonaro já havia relembrado que soldados americanos e brasileiros lutaram lado a lado em terras italianas durante a Segunda Guerra mundial.
Apesar do discurso do presidente, o porta-voz da presidência, General Otávio Santana de Rêgo Barros amenizou as palavras de Bolsonaro. Falou que a questão da Venezuela tende a ser resolvida na base da diplomacia e que “não trabalhamos com intervenção militar, porque é algo afronta nossa carta magna do Brasil”
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