O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice Hamilton Mourão (PRTB) foram diplomados na tarde desta segunda-feira (10), em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro prestou continência para a plateia e foi aplaudido e chamado de mito por parte dos presentes.
A diplomação é uma etapa indispensável para que os eleitos possam tomar posse. Ela confirma que o político cumpriu as formalidades previstas na legislação eleitoral e está apto a exercer o mandato. A posse de Bolsonaro e Mourão ocorre em 1.º de janeiro.
A solenidade foi realizada no plenário do TSE e foi aberta com o Hino Nacional executado pela Banda dos Fuzileiros Navais. Os diplomas são assinados pela presidente da corte, ministra Rosa Weber.
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Logo depois de ter sido diplomado, Bolsonaro fez um discurso conciliatório, no qual pediu o apoio de todos os brasileiros, e exaltou o papel das redes sociais no processo eleitoral deste ano. “Vivenciamos um novo tempo, as eleições de outubro revelaram uma nova prática. O poder popular não precisa mais de intermediação”, afirmou.
Eleito com forte presença nas redes sociais e com pouco tempo de televisão, Bolsonaro exaltou o papel da internet na corrida presidencial afirmando que “as novas tecnologias permitiram uma nova relação entre eleitor e seu representante”.
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Em uma fala de dez minutos, fez acenos à classe política, deixou de lado o tom crítico adotado durante a campanha em relação à lisura do processo eleitoral, exaltou o voto popular e a atuação do tribunal. E agradeceu os 57 milhões de votos obtidos no segundo turno da disputa e pediu apoio dos que não o escolheram para presidente. “Aos que não me apoiaram, peço a sua confiança para construirmos juntos um futuro melhor para nosso país”, disse.
Ele afirmou ainda que, a partir de 1º de janeiro, será o presidente dos 210 milhões de brasileiros. “Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião”, afirmou Bolsonaro.
Assista a diplomação
Evento prestigiado
Cerca de 700 pessoas foram convidadas para assistir ao evento, segundo a assessoria do tribunal. Compareceram à cerimônia autoridades como o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (MDB-CE), respectivamente, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, entre outros.
Vários ministros do futuro governo também estavam lá, como Paulo Guedes (Economia), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).
Do atual governo estavam os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União). Entre os familiares do presidente eleito, participaram da cerimônia os filhos Flávio (eleito senador), Carlos (vereador no Rio de Janeiro) e Eduardo Bolsonaro (reeleito deputado federal).
A diplomação marca o início da “segunda temporada” do processo de transição. Concluídas as indicações dos futuros ministros, é a vez de montar as equipes de segundo e terceiro escalões. Desta vez, Bolsonaro admite aceitar indicações de partidos, mas diz que não haverá troca de favores. Segundo Eliseu Padilha, atual chefe da Casa Civil, o presidente eleito e sua equipe terão, pelo menos, 10 mil cargos de livre nomeação para indicar para o Executivo.
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