O presidente Jair Bolsonaro foi escolhido como a Pessoa do Ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em reconhecimento à intenção manifestada de estreitar os laços comerciais bilaterais, informou a entidade com sede em Nova York nesta segunda-feira (11).
A premiação é concedida há 49 anos e busca homenagear dois líderes, um brasileiro e um americano, reconhecidos pela atuação em aproximar e melhorar as relações entre EUA e Brasil. O comitê organizador do prêmio diz ainda não ter o nome da personalidade americana agraciada neste ano.
Em comunicado, a Câmara diz que a escolha de Bolsonaro é um “reconhecimento de sua intenção fortemente declarada de fomentar laços comerciais e diplomáticos mais próximos entre Brasil e Estados Unidos e seu firme comprometimento em construir uma parceria forte e duradoura entre as duas nações.”
LEIA TAMBÉM: Governo Bolsonaro define o que espera de sua relação com os EUA de Trump
No comunicado, a entidade lembra da carreira política de Bolsonaro, iniciada em 1988, quando foi eleito vereador do Rio de Janeiro. Ressaltou ainda os sete mandatos consecutivos como deputado federal também pelo Rio, durante os quais “lutou pelos direitos de militares e pensionistas ativos e inativos”, segundo a Câmara. “Ele também focou em melhorar a segurança dos cidadãos no Brasil e enfatizou os valores cristãos e a família.”
Bolsonaro deve receber o prêmio no jantar de galã que será realizado em 14 de maio no Museu de História Natural de Nova York. Segundo a Câmara, mais de mil líderes, entre empresários, nomes do mercado financeiro e da diplomacia, costumam participar do evento para homenagear os eleitos.
LEIA TAMBÉM: Bolsonaro não se alimenta mais pela veia e deixa unidade semi-intensiva em hospital
Desde que foi eleito, Bolsonaro buscou se aproximar do governo de Donald Trump, sinalizando que se alinharia aos EUA em alguns temas de política externa, como na pressão sobre a Venezuela para que o ditador Nicolás Maduro deixe o poder ou na possibilidade de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém – embora ainda não tenha oficializado a posição.
Moro, Doria, FHC...
No ano passado, o eleito foi Sergio Moro, hoje ministro da Justiça de Bolsonaro. Na época, semanas após a condenação do ex-presidente Lula, a Câmara havia destacado a atuação de Moro no caso do mensalão e sua liderança na Operação Lava Jato.
A personalidade americana escolhida em 2018 foi Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York e dono de uma das maiores fortunas dos Estados Unidos.
Em anos anteriores, o atual governador de São Paulo, João Doria, ganhou o prêmio, assim como os ex-presidentes brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, e americano, Bill Clinton.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Deixe sua opinião