Porta-voz da Presidência, o general Otávio Rêgo Barros garantiu que Jair Bolsonaro tem mostrado “ evolução bastante razoável” após passar por uma cirurgia na segunda-feira (28) no Hospital Albert Einstein. Com isso, é provável que reassuma a Presidência na manhã desta quarta-feira (30), quando retoma a rotina de despachos, ainda internado na UTI.
Desde que ele foi sedado para o procedimento, o vice, Hamilton Mourão, está no cargo. Mas a partir de quarta, Bolsonaro poderá receber ministros para tratar de assuntos governamentais, mas o porta-voz explicou que deverá ser evitado que as visitas sejam rotineiras, o que poderia cansá-lo.
SAIBA MAIS: Jair Bolsonaro deve ficar na UTI até fim da internação
Ao longo do dia, aliados do presidente tentaram convencê-lo a adiar a retomada de despachos. Há uma preocupação com o recebimento de visitas, o que pode levá-lo a uma exposição de infecções, por exemplo.
Em novo boletim médico, divulgado na tarde desta terça (29), o hospital afirmou que o presidente “manteve-se estável durante o dia, sem sangramentos ou qualquer outra complicação”, semelhante ao que foi divulgado pela manhã.
Retomada dos trabalhos
Um dos primeiros ministros a visitarem o presidente após a liberação das visitas deve ser o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ele estuda vir a São Paulo na quinta-feira (31) para fechar com Bolsonaro a mensagem que será levada por ele ao Congresso.
Na sexta (1º), os parlamentares eleitos tomam posse e a Câmara e o Senado elegem seus dirigentes pelos próximos dois anos.
Por isso, o Palácio do Planalto já trabalha no texto que será levado por Onyx ao Congresso na sexta. A mensagem deve ser lida na abertura dos trabalhos do legislativo e lida pelo primeiro secretário da Câmara, o deputado Giacobo (PR-PR).
Quadro clínico
Os médicos informam que ele permanece em jejum oral, recebendo analgésicos e hidratação endovenosa e que as visitas permanecem proibidas. Além disso, o hospital informou que Bolsonaro sentou-se e realizou fisioterapia respiratória e motora “com bom desempenho”.
O porta-voz disse que os médicos relataram que o presidente está em uma “evolução muito positiva nessa cirurgia” e atribuiu o resultado pela preparação feita antes da operação e devido à força do presidente.
Na segunda, ele foi submetido a uma cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal no hospital Albert Einstein, em São Paulo, num processo que durou 7 horas.
Bolsonaro está internado desde domingo no Einstein, onde deve permanecer por mais nove dias.
Esta foi a terceira operação à qual ele foi submetido desde que foi alvo de uma facada, em setembro de 2018, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
O procedimento consistiu no religamento do intestino após a retirada de uma bolsa de colostomia, colocada há quase cinco meses.
A grande quantidade de aderências (partes do intestino que ficam coladas) levou a equipe médica a executar um procedimento mais complexo e demorado do que se esperava.
A opção mais simples era religar as duas pontas do intestino grosso, que estavam separadas, para que o trânsito intestinal voltasse ao normal.
A outra, que teve de ser adotada, exigia a união de uma alça do grosso com o delgado. Para que isso acontecesse, a parte do intestino grosso que estava conectada à bolsa de colostomia foi removida.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião