O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que estuda nomear seu filho Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro, ao cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Ele também disse que pode devolver a pasta o status de ministério, que foi retirado em 2016 pelo atual presidente Michel Temer.
As declarações foram dadas por Bolsonaro ao site Antagonista, na quarta-feira (21), que divulgou o áudio da entrevista. Nesta quinta-feira (22), Carlos anunciou que vai voltar na próxima semana às atividades na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, não assumindo nenhum cargo em Brasília.
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Na entrevista ao Antagonista, o capitão reformado disse que “é importante ter o filho ao seu lado” e que ele é “fera nas mídias sociais”. “Não é prêmio de consolo. É para ele realmente mostrar o seu valor. Sei que pode ter um tremendo de um desgaste de colocar o filho. Mas ele é um fera nas mídias sociais. Tem sangue na boca, vamos assim dizer. Tem tudo para dar certo”, afirmou Bolsonaro.
Carlos não aceitou o cargo
O presidente eleito ponderou, contudo, que Carlos ainda estava na dúvida se deveria aceitar o posto. “O Carlos ainda está na duvida, está medindo prós e contras. O Carlos é meu pitbull. É importante ele estar do meu lado, ele ajuda bastante”, disse.
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Questionado se, em um eventual ministério da Secom, Carlos ficaria responsável por administrar a verba publicitária oficial, Bolsonaro explicou que pensa em reduzir a verba, mas que não pretende cortá-la.
Já Carlos Bolsonaro declarou nesta quinta que voltará ao Rio de Janeiro. “O meu ciclo de tentar ajudar diretamente chegou ao fim. São 18 anos de vida pública dedicados ao que acredito. Estes últimos 3 meses de licença não remunerada para acompanhar o que sempre acreditei se encerram. Semana que vem volto às atividades na Câmara de Vereadores do Rio.”
Volta da Secom
Atualmente, o Palácio do Planalto abriga quatro pastas, todas com status de ministérios: Casa Civil, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Secretaria-Geral e Secretaria de Governo. A intenção do presidente seria extinguir a última e recriar a Comunicação Social. “Eu não vou criar mais ministérios lá. Os quatro que existem vão continuar”, disse.