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Trump ressaltou que apoiará a entrada do Brasil no famoso “clube das nações desenvolvidas”, a OCDE - Organização de Cooperação de Desenvolvimento Econômico. | BRENDAN SMIALOWSKI/AFP
Trump ressaltou que apoiará a entrada do Brasil no famoso “clube das nações desenvolvidas”, a OCDE - Organização de Cooperação de Desenvolvimento Econômico.| Foto: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

Em entrevista coletiva concedida pelos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, na tarde desta terça-feira (19), Donald Trump disse que a relação de amizade entre os dois países nunca esteve melhor e que os dois presidentes têm visões parecidas de trabalho. E deu uma amostra prática: 

Trump ressaltou que apoiará a entrada do Brasil no famoso “clube das nações desenvolvidas”, a OCDE - Organização de Cooperação de Desenvolvimento Econômico. Bolsonaro disse que este é um capítulo inédito na relação Brasil e Estados Unidos. 

Apesar do suporte norte-americano, uma condição ficou clara. Em comunicado, pouco após a coletiva, a Casa Branca deixou claro que, em troca do apoio, Bolsonaro concorda em deixar de buscar tratamento especial em demandas na Organização Mundial do Comércio (OMC). O comunicado também reforçou, nas entrelinhas, que o apoio está sujeito à importação de 750 mil toneladas de trigo a tarifa zero de impostos pelo Brasil.

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Apesar do apoio para a entrada do Brasil OCDE, ao ser questionado sobre as relações comerciais com a China, Bolsonaro respondeu: “Queremos continuar fazendo negócio com o maior número de países. Comércio sem viés ideológico”. Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. 

Em termos econômicos, os dois presidentes também ressaltaram a importância de estreitar as relações comerciais entre os dois países. Falaram dos setores agrícola, mineração, extração de petróleo e de fazer o setor privado o protagonista nos próximos anos. 

Intervenção na Venezuela

A Venezuela foi um dos assuntos mais abordados na coletiva na Casa Branca. Apesar dos questionamentos dos jornalistas, ficou a dúvida: até que ponto uma possível intervenção militar americana para derrubar o ditador Nicolas Maduro teria colaboração brasileira?

“Tem certas questões que, se você divulgar, deixam de ser estratégicas. Essas questões reservadas podem ser discutidas, se já não foram, mas não podem se tornar públicas, obviamente”, desviou Jair Bolsonaro quando perguntado se autorizaria a instalação de uma base militar americana em território brasileiro.

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“Todas as opções estão na mesa e ainda não implementamos as sanções mais rígidas. Estamos num processo intermediário em que podemos endurecer. É muito triste. Queremos cuidar das pessoas que estão morrendo nas ruas”, declarou Donald Trump. 

Aliados históricos e torcida pela reeleição

Em seu discurso nos jardins da Casa Branca, o presidente americano lembrou a aliança entre os dois países na Segunda Guerra Mundial e também destacou que os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil em 1822.

Com a meta explícita de fortalecer a parceria nos próximos anos, Bolsonaro foi questionado por um jornalista americano sobre o que aconteceria com a relação dos dois países caso um candidato democrata ganhasse as eleições.

“É um assunto interno, respeitando-se os resultados. Mas acredito na reeleição de Donald Trump. O povo que o elegeu vai repetir o voto. Quem apoia o socialismo e o comunismo vai abrir a mente”.

Trump agradeceu as palavras de Bolsonaro, que abriu um sorriso e deram um aperto de mão. Antes do encerramento, Jair Bolsonaro, que se diz um admirador de Trump, citou outro presidente republicano, Ronald Regan. “O povo deve dizer o que o governo pode fazer, não o contrário”.

Eduardo Bolsonaro com moral com Trump

Um dos grandes protagonistas da comitiva presidencial, o filho do presidente e deputado federal por São Paulo Eduardo Bolsonaro teve o nome citado por Donald Trump e reforçou a postura de chanceler informal. “Estou vendo o filho do presidente. O trabalho que ele realizou em um período difícil foi fantástico”.

Antes da conferência de imprensa, Eduardo foi convidado por Trump para participar da reunião privada entre os presidentes no Salão Oval. Depois, o deputado conversou com os jornalistas: “O presidente Trump fez a gente se sentir em casa. Certamente o presidente Bolsonaro vai retribuir essa gentileza em Brasília”.

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