O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) indicou o general do Exército Fernando Azevedo e Silva para o cargo de ministro da Defesa. Ele é o sétimo nome confirmado para a equipe ministerial. Ele vai assumir o posto que estava inicialmente previsto para o general Augusto Heleno, que acabou indo para a chefia do Gabinete de Segurança Institucional (SGI) a pedido de Bolsonaro.
Bom Dia! Comunico a todos a indicação do General-de-Exército Fernando Azevedo e Silva para o cargo de Ministro da Defesa.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 13 de novembro de 2018
Com a escolha de Azevedo e Silva, mais um nome do Exército vai compor o primeiro escalão do governo Boslonaro. O presidente eleito também mantém um oficial do Exército no cargo, já que o atual ministro é o general Joaquim Luna e Silva.
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Chegou a ser cogitado um nome da Marinha para a pasta, com o objetivo de dar espaço para todas as Forças, o que acabou não se confirmando. De qualquer forma, desde a campanha, Bolsonaro demonstrava a preferência por um militar quatro estrelas (cargo mais alto das Forças Armadas) na pasta, antes mesmo do atual presidente Michel Temer escolher o general Luna, o primeiro militar a ser ministro da Defesa, nomeado neste ano.
Quem é o novo ministro
Fernando Azevedo e Silva é ex-chefe do Estado Maior. Foi para a reserva em julho deste ano. Foi nomeado assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, em setembro. Porém, vai ter que deixar o posto para assumir o ministério.
Já teve a função de assessor parlamentar do Alto-Comando do Exército, no Congresso. É muito próximo de Mourão e do presidente eleito. Atuou junto a equipe de Bolsonaro para a área militar. Também foi comandante da Brigada Paraquedista antes de ir para a reserva.
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Em agosto passado, ainda como chefe do Estado Maior do Exército, Azevedo e Silva defendeu a “conciliação” e “tolerância” nas eleições 2018. Ele ressaltou que os militares são “parte significativa da maioria do povo brasileiro que pretende usar o voto, a arma mais poderosa e legítima da democracia, para começar a superar a crise profunda em que estamos mergulhados.”
No Quartel-General do Exército, o general disse que o trabalho dos militares não é reconhecido e se queixou do orçamento das três Forças e dos salários que recebem. “Os constantes desafios a que as Forças Armadas vêm sendo submetidas, muitos deles alheios à nossa destinação principal, não têm recebido, das esferas competentes, o merecido reconhecimento, justo e digno, principalmente quanto ao orçamento e à remuneração do nosso pessoal”, escreveu.
Histórico
É natural da cidade do Rio de Janeiro. Em sua vida militar, ocupou vários cargos e funções inerentes ao oficial subalterno e intermediário. Como oficial superior comandou o 2.º Batalhão de Infantaria Leve em São Vicente – SP. Serviu, ainda, na Presidência da República e no Gabinete do Comandante do Exército como Chefe da Assessoria Parlamentar e como Subchefe de Gabinete.
Como oficial general, comandou a Brigada de Infantaria Paraquedista e o Centro de Capacitação Física do Exército, onde exerce o cargo de Presidente da Comissão de Desportos do Exército durante a preparação e execução dos 5º Jogos Mundiais Militares. Depois, foi nomeado Diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa.
Ao longo da sua vida militar, recebeu 17 condecorações nacionais e 4 estrangeiras. É um general quatro estrelas.
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