O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que o atual ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, continuará no cargo em seu governo. Ele vai ser o ministro da Controladoria-Geral da União. O anúncio foi feito nesta terça-feira (20), através dos perfis nas redes sociais de Bolsonaro.
Rosário assumiu oficialmente a CGU no governo Temer, em junho deste ano. Antes, atuou como ministro substituto de junho de 2017 a junho de 2018. Graduado em Ciências Militares pela Academia das Agulhas Negras (Aman) e mestre em Combate à Corrupção e Estado de Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, também já atuou como Oficial do Exército, tendo chegado ao cargo de capitão.
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Perfil
Natural de Juiz de Fora (MG), Wagner Rosário tem 42 anos e é auditor Federal de Finanças e Controle desde 2009. Tornou-se o primeiro servidor de carreira da CGU a assumir o cargo de secretário-executivo e ministro da Pasta.
No órgão de controle interno do governo federal, trabalhou também na área de Operações Especiais, responsável por investigações conjuntas de combate à corrupção, em articulação com a Polícia Federal, ministérios públicos (Federal e Estadual) e demais órgãos de defesa do estado.
Moro e Rosário vão atuar juntos no combate à corrupção
Inicialmente, as funções da CGU seriam incorporadas pelo ministério da Justiça e Segurança Pública, que será comandado por Sergio Moro. Mas Bolsonaro decidiu manter a Controladoria como uma pasta independente. Rosário e Moro vão atuar juntos no combate à corrupção.
Os planos de incorporar a CGU mudaram após a avaliação de que haveria excesso de atividades nas mãos de Moro e de críticas de que colocar fim ao status de ministério da CGU poderia comprometer o combate à corrupção. A avaliação é de que Rosário trabalhou em sintonia com a Polícia Federal no rastro da Operação Lava Jato, ganhando apoio junto a integrantes da Força Tarefa.
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Além disso, o ministro é bem visto pela cúpula militar do novo governo por ter se formado capitão e por ter passado pela Aman, por onde também passaram, além do próprio Bolsonaro, os generais Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente eleito, e Augusto Heleno, futuro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
A CGU é o órgão de controle interno do governo, responsável por realizar atividades relacionadas à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio de ações de auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria.