O embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, visitou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta segunda-feira (5) para tratar do futuro da relação entre os dois países e discutir a situação do refugiado italiano Cesare Battisti, condenado no país europeu por terrorismo. Bernardini deixou o condomínio onde Bolsonaro mora, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, demonstrando satisfação pelo encontro.
“O caso Battisti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição do Battisti, o caso agora está sendo discutindo no Supremo Tribunal Federal e esperamos que o Supremo tome uma decisão no tempo mais curto possível”, disse Bernardini.
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O embaixador não quis antecipar se Bolsonaro fez alguma promessa sobre o caso, mas destacou que o presidente eleito “tem ideias muito claras sobre Battisti”.
Bolsonaro já declarou que pretende autorizar a extradição do italiano. “Como já foi falado reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições. Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo. O Brasil merece respeito!”, afirmou ele em 16 de outubro, quando ainda era candidato.
Relação Brasil-Itália
Segundo Antonio Bernardini, o encontro também serviu para reafirmar as boas relações entre os dois países. “Temos uma presença no Brasil que é histórica. É claro que estamos olhando para o futuro para aumentar a presença italiana no Brasil”, afirmou o embaixador.
Embaixador chinês
Antes dele, uma comitiva chinesa - composta pelo embaixador Li Jinzhang, pelo ministro Song Yang, pelo ministro conselheiro Qu Yuhui e pela tradutora Liu Xiyuan -, também visitou Bolsonaro. O grupo saiu sem dar declarações.
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