O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (13) que manterá a pasta do Trabalho com status de ministério. A declaração foi dada em entrevista coletiva, em Brasília, após almoço no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o presidente da corte, João Otávio de Noronha.
“O Ministério do Trabalho vai continuar com status de ministério, não vai ser secretaria. Vai ser Ministério ‘disso, disso e do Trabalho’, como [cita como exemplo] Ministério da Indústria e Comércio”, afirmou.
Na semana passada, o presidente eleito tinha decidido pelo fim da pasta. “O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério”, disse, sem dar mais detalhes. Servidores do Trabalho chegaram a protestar na Esplanada dos Ministérios contra a extinção da pasta e deram um abraço simbólico no prédio onde funciona o órgão.
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Bolsonaro voltou atrás também na intenção de subordinar o ensino superior ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Agora deve continuar mesmo sob a aba do Ministério da Educação, como é hoje. “A princípio vai ser mantido no ministério da Educação mesmo”, disse ele, ao chegar para uma visita no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Ele falou ainda sobre a estrutura dos ministérios de seu governo, repetindo que deve concluir a composição até o fim de novembro. Ele disse que pode anunciar ainda esta semana mais dois ministros: do Meio Ambiente e de Relações Exteriores, mas não quis falar em nomes.
O presidente eleito afirmou já ter dois nomes para assumir a pasta de Meio Ambiente, e acrescentou que está analisando questões técnicas. “[Alguém] que realmente tenha vontade e iniciativa para mudar muita coisa de modo que você destrave aqui a questão ambiental. A questão de licenças ambientais tem atrapalhado muito o desenvolvimento do Brasil”, disse.
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Ele não confirmou a indicação de Gustavo Bebianno, que é advogado e ex-presidente do PSL, como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. “Não fechamos ainda. O que não foi anunciado não está fechado”, disse. Na véspera, Bebianno foi anunciado como futuro ministro por Onyx Lorenzoni, que assumirá a Casa Civil.
Para a Saúde, Bolsonaro repetiu que cogita indicar o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). “Ele é muito bem quisto por grande parte dos médicos de todo o Brasil. A própria frente parlamentar da saúde também é simpática à ideia dele. Ele deixou um rastro de bom serviço em Mato Grosso do Sul. É um nome que está sendo cogitado sim.”
Médico ortopedista, o deputado não concorreu à reeleição nas eleições deste ano. Ele já assumiu a secretaria municipal de Saúde em Campo Grande (MS).
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