Um esquema especial de segurança, numa espécie de ensaio para a posse, no dia 1.º de janeiro, está sendo montado no Congresso Nacional para uma sessão solene em homenagem aos 30 anos da Constituição. Isso porque, além do presidente Michel Temer e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, retorna para Brasília pela primeira vez desde o resultado do pleito.
Bolsonaro desembarca nesta terça-feira (6), por volta das 9h, na Base Aérea de Brasília, para fazer a primeira de uma série de reuniões após ter vencido a eleição. O presidente eleito chegou às 6h03 desta manhã à Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro, onde embarcou às 7h para a capital federal. O primeiro compromisso oficial será a comemoração dos 30 anos da promulgação da Constituição, na Câmara, onde exerceu mandato nos últimos 28 anos.
Forte esquema de segurança interno
Como é comum nos eventos em que estão presentes os chefes dos Executivo e do Judiciário, os acessos às duas Casas estarão restritos – as visitas foram suspensas nesta terça-feira (6) , bem como ao plenário da Câmara, maior, onde ocorrerá a sessão solene. Por lá, será permitida a permanência apenas de convidados, parlamentares e ex-parlamentares. O acesso dos jornalistas ao plenário, que antes estava proibido, foi liberado somente nesta terça-feira (6) pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira.
LEIA TAMBÉM: Congresso veta jornalistas no plenário em 1º compromisso de Bolsonaro eleito
Do lado de dentro do Congresso, a segurança será feita pelas Polícias Legislativas do Senado e da Câmara. Mas cada autoridade será acompanhada de sua guarda costumeira. Dessa forma, Temer estará com os guardas do Planalto e Toffoli com a Polícia do Supremo. Já Bolsonaro, que desde antes do início da campanha presidencial contava com policiais federais em seu encalço, não se separará deles.
Proteção do lado de fora
A Polícia Militar do Distrito Federal deve reforçar a proteção do lado de fora. Não há notícias, até o momento, de manifestações. Em todo caso, uma grande para conter movimentações, reinstalada em frente ao Congresso no 7 de setembro, segue por lá.
Procurado, o Ministério de Segurança Pública, disse que não houve solicitação de atuação de seus efetivos na Esplanada. Homens da Força de Segurança foram enviados para o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a equipe de transição do novo governo começou a trabalhar na segunda-feira (5).
SAIBA MAIS: Quem são os nomes escolhidos por Bolsonaro para equipe de transição
Bolsonaro vai se reunir com Temer e com as Forças Armadas
Não há confirmação se Bolsonaro falará na cerimônia ou dará entrevistas ao final. Conforme a reportagem apurou, depois da sessão solene, o presidente eleito deve se reunir com representantes das Forças Armadas. Bolsonaro quer fazer uma deferência ao setor e dar sinais de que a área terá importância em seu governo, ainda que poderá não ser poupada do ajuste do orçamento.
LEIA TAMBÉM: PSL de Bolsonaro resiste a apoiar novo mandato de Maia na presidência da Câmara
Segundo sua equipe, ele deve permanecer em Brasília esta semana. Também não se sabe ainda onde. O presidente Michel Temer ofereceu a ele o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, ou casa da Granja do Torto, que também pertence ao governo. Na quarta-feira (7), o presidente eleito deve falar com a imprensa, além de visitar Temer.
Como será a cerimônia
Além de Bolsonaro, Temer e Toffoli, a sessão do Congresso, intitulada “O Brasil em Construção: 30 anos de Constituição Cidadã”, também contará com a participação de outras autoridades, como a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, outros ministros do STF, ministros de Estado, ex-parlamentares, e constituintes.
Após a sessão propriamente dita, será aberta a exposição comemorativa da Constituição, em cartaz no Salão Negro do Congresso até 16 de dezembro.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas