O deputado e capitão do Exército da reserva Jair Bolsonaro (PSC-RJ) prepara o lançamento de sua candidatura a presidente da República nos Estados Unidos. E não quer só isso. Deseja um encontro de pelo menos "alguns minutinhos" com uma de suas referências na política: Donald Trump. Ele vai passar uma semana no país, em outubro. Na agenda, cercada de mistério, há um encontro com o jornalista e filósofo Olavo de Carvalho, também da linha conservadora.
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Bolsonaro contou à Gazeta do Povo que a agenda está sendo fechada por dois de seus filhos.
"Quem faz a agenda é o pessoal que fala inglês", disse. E também falou do desejo de ser recebido pelo presidente norte-americano.
"Não sei se vou encontrá-lo. Lógico que interessaria alguns minutinhos com ele."
E, agora mais diplomático e numa versão ‘paz e amor’, diz que tentaria também uma agenda se a vencedora fosse a democrata Hillary Clinton.
"Se fosse a Hillary a presidente também gostaria de encontrá-la. É quem foi eleito". Ele disse ser, entre os postulantes à sucessão de Michel Temer, o que mais tem afinidade com Trump.
"Tenho mais afinidade com ele de que qualquer outro pré-candidato aí".
O político brasileiro, no seu entender, adota outra postura.
"O brasileiro (candidato) até o dia da eleição é o Papai Noel, no dia seguinte, eleito, vira o Pinóquio."
Apesar da baixa popularidade de Trump, seu congênere brasileiro o defende e diz que tudo que prometeu na campanha está colocando em prática.
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"Claro que se encontrá-lo não vou falar do que deve fazer ou não. Imagina! Cada um com seus problemas. Mas o que ele prometeu na campanha, cumpriu. A questão da imigração, o Tratado de Paris, tirou os Estados Unidos da parceria do Transpacífico."
Quando o republicano norte-americano venceu a eleição, em 2016, Bolsonaro comemorou, postou e fez a premonição de que Brasil vai trilhar esse caminho em 2018.
"Parabéns ao povo dos EUA pela eleição de Donald Trump. Vence aquele que lutou contra tudo e todos. Em 2018, será o Brasil no mesmo caminho", disse o parlamentar em suas redes.
Bolsonaro sabe projeção e da repercussão de uma passagem pelos Estados Unidos.
"Até agora, o que sei é que ninguém recusou um encontro conosco."
A previsão é de encontros com investidores, jornalistas e a comunidade brasileira nos Estados Unidos, que não é pequena. Em 2014, pouco mais de 100 mil brasileiros votaram, para a sucessão no Brasil, em cidades americanas. Ele deve passar pelos locais de maior concentração de brasileiros, como Miami, Boston e Nova York. Uma ida a Washington vai depender de acertos na agenda. Há tentativas de encontros com congressistas americanos. Além de Trump.
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