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Homem na fronteira entre a Venezuela e o Brasil, em Pacaraima, no estado de Roraima | NELSON ALMEIDA/AFP
Homem na fronteira entre a Venezuela e o Brasil, em Pacaraima, no estado de Roraima| Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

O chanceler brasileiro Ernesto Araújo disse neste sábado (23) que o Brasil vai insistir na operação para levar ajuda humanitária à Venezuela, apesar de o ditador Nicolas Maduro ter fechado a fronteira do país. O ministro de Relações Exteriores garante, porém, que não há expectativa de conflito na fronteira.

 “Não há expectativa de conflito, eventualmente o Exército brasileiro está sempre preparado para enfrentar qualquer situação que se materializar”, disse Araújo. “Não há nenhuma situação que nos imaginemos que impeça a continuidade dessa operação”, completou o ministro. 

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Segundo Araújo, o transporte de medicamentos e alimentos para a Venezuela será realizado por representantes do governo opositor, Juan Guaidó, e o Exército brasileiro não vai cruzar a fronteira. A expectativa do chanceler é que os militares de Maduro deixem a ajuda humanitária passar para o país vizinho. 

“Não há outra coisa a esperar das forças que controlam a fronteira na Venezuela”, disse Araújo. Segundo o chanceler, também não há expectativa de confronto ou distúrbios do lado de cá da fronteira. 

Perguntado sobre a situação de brasileiros que estavam na Venezuela e agora não conseguem voltar ao Brasil, Araújo não deu respostas concretas sobre o que o governo federal pretende fazer. “Em relação aos brasileiros que estão do outro lado e impossibilitados de chegar, é mais um aspecto lamentável dessa atitude de fechamento de fronteira. Vamos ver o que fazer, que apoio pode ser dado a esses brasileiros”, respondeu o chanceler. 

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A ajuda humanitária que será enviada à Venezuela conta com quatro kits emergenciais de saúde, doados pelo Ministério da Saúde, com medicamentos para doenças de baixa complexidade e insumos hospitalares. Além disso, serão enviados alimentos, como arroz e leite em pó. Segundo o governo brasileiro, o primeiro carregamento deve durar um mês. 

“O que está em jogo é a vida das pessoas, por isso essa ajuda precisa entrar”, reforçou a representante do governo opositor da Venezuela, Maria Teresa Belandria.

Polícia de choque patrulha a fronteira entre o Brasil e a Venezuela em PacaraimaNELSON ALMEIDA/AFP
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