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 | Waldemir Barreto    /    Agência Senado
| Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado

A semana em Brasília começa com a interrogação do que votar na Câmara agora que não existe mais a reforma da Previdência, sepultada de vez depois da aprovação na semana passado do decreto de intervenção no Rio de Janeiro. Agora, há uma queda de braço entre o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara Rodrigo Maia. 

O governo apresentou sua agenda de prioridades, que inclui temas como autonomia do Banco Central a privatização da Eletrobras. Maia, que é o dono da pauta, quer votar temas como aplicativos de táxi e projetos relacionados à segurança pública. 

"Quem escolhe a pauta da Câmara é a Câmara", disse Maia na última sexta. 

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Das pretensões do governo, Maia disse que apenas dois – o cadastro positivo (que separa bons e maus pagadores) e a duplicata eletrônica (que agiliza a cobrança desse título) – estão prontos para irem ao plenário. Na sua estimativa, a privatização da Eletrobras deve ser votada na comissão especial em meados de abril e depois segue ao plenário. 

As mudanças na segurança pública são uma prioridade para Maia. A criação do Sistema Único de Segurança Pública, a flexibilização da posse de arma e o endurecimento de penas devem entrar na pauta. Temer sondou Maia sobre possibilidade de votar algo que gere despesa via aumento de impostos. O presidente da Câmara disse que, com o decreto da intervenção, sem chances. "Por que não reduzir número de ministérios?", provocou Maia 

Outra expectativa da semana, que deve ser conhecida nessa segunda-feira: é o nome do ministro da Segurança Pública, pasta que está sendo criada por Temer no embalo da intervenção no Rio. É uma reivindicação da chamada Bancada da Bala da Câmara. O coordenador desse grupo, deputado e coronel da Polícia Militar, Alberto Fraga (DEM-DF), diz que esse nome precisa ser escolhido com muita cautela para evitar suscetibilidades entre as corporações. 

"Não pode ser um coronel da Polícia Militar nem um delegado da Polícia Civil. Vai causar uma ciumeira danada. E muito menos um militar das Forças Armadas. Um general entende é de segurança nacional", disse Fraga.

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