| Foto: Divulgação /Polícia Federal

Em um desdobramento da Operação Cui Bono, a Polícia Federal (PF) descobriu nesta terça-feira (5) um endereço em Salvador (BA) que servia como “bunker” para armazenamento de dinheiro em espécie do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Ele foi preso em julho deste ano na mesma operação, que investiga propinas pagas no âmbito da Caixa Econômica Federal.

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Na deflagração da Operação Tesouro Perdido, nesta terça-feira, a PF descobriu o endereço que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie.

O dinheiro foi transportado para um banco para contagem e armazenamento. No início da noite deste terça (5), a contagem já tinha passado dos R$ 30 milhões.

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A Cui Bono é um desdobramento da Operação Catilinárias, que por sua vez é um desdobramento da Lava Jato. A operação foi deflagrada em janeiro deste ano pela Polícia Federal em Brasília. A Cui Bono foi desencadeada a partir de um celular encontrado na casa do ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Além de Geddel e Cunha, são investigados na operação o ex-presidente da Caixa, Fábio Cleto, e o operador Lucio Funaro, que recentemente firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República.

Geddel foi ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer. Ele deixou o cargo em novembro do ano passado, depois que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero disse ter sido pressionado pelo presidente Michel Temer (PMDB) a liberar um empreendimento imobiliário em Salvador para favorecer Geddel.

O ex-ministro foi preso em julho pela PF na Operação Cui Bono. Recentemente, foi denunciado pelo procurador-geral da Reública Rodrigo Janot por obstrução de Justiça. Ele teria tentado impedir a delação premiada de Lúcio Funaro. À PF, Funaro disse ter pago R$ 20 milhões em comissões a Geddel durante a gestão dele na Caixa Econômica.

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Com mais de 30 anos de vida pública, o ex-ministro dos governos Lula e Temer se envolveu em vários escândalos políticos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]