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Caixa vai focar em crédito imobiliário e baixa renda durante o governo Bolsonaro | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Caixa vai focar em crédito imobiliário e baixa renda durante o governo Bolsonaro| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

O novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que pretende focalizar a atuação do banco estatal no crédito imobiliário e no atendimento a correntistas de renda mais baixa, deixando de lado operações com grandes empresas. Ele também afirmou que pretende abrir capital da área de seguros e cartões da estatal.

Presente na posse do ministro da Economia, Paulo Guedes, Guimarães criticou atuação do banco nos governos do PT, que liberou empréstimos a empresas como a Petrobras.

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 “Até que ponto a Caixa tem que ter mais de R$ 100 bilhões em empréstimos a grandes empresas, que podem tranquilamente tomar esses recursos no mercado interno e no mercado externo? Por que a Caixa, com 93 milhões de clientes, que não consegue financiar microcrédito e não tem operação relevante de consignado, tem que emprestar para uma empresa gigante? Não vejo nenhum sentido”, afirmou.

Desestatizar o mercado de crédito

Guimarães, que antes assumir a Caixa dirigia o banco de investimentos Brasil Plural, chegou ao governo pela indicação do ministro Paulo Guedes. Ele se disse afinado com o ministro, que em seu discurso de posse afirmou que pretende desestatizar o mercado de crédito. A cerimônia de transmissão de cargo ocorreu na quarta-feira (2), em Brasília.

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Segundo Guedes, o crescimento dos empréstimos dos bancos estatais criou dois mercados paralelos de crédito, um de recursos livres e outro de “amigos, com juros lá embaixo”. “O BNDES (sic) devolve esse dinheiro, encolhe seu balanço um pouco. Retiramos dívida em circulação, irrigamos esse mercado que estava apertado e a vida fica um pouco mais difícil para quem vive à sombra do Estado”, afirmou o ministro. “Vamos desestatizar o mercado de crédito.”

Venda de subsidiárias

Na Caixa, Pedro Guimarães tem planos de vender ações de empresas subsidiárias do banco, nos mesmos moldes do que o Banco do Brasil fez com sua área de seguros, o BB Seguridade. A ideia, segundo o executivo, é fazer duas ofertas públicas de ações ainda neste ano. Os ramos que podem ser alvo desse fatiamento são as áreas de cartões, de seguros e de gestão de investimentos e de patrimônio.

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O executivo disse ainda que pretende securitizar o crédito imobiliário da Caixa, ou seja, vender títulos no mercado lastreados em empréstimos. Isso aumentaria a disponibilidade de recursos para o banco emprestar. Hoje, a Caixa está estrangulada pelas regras de reserva mínima de capital próprio para a concessão de empréstimos.

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