| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Três pedidos de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB), por crime de responsabilidade, foram registrados na Câmara dos Vereadores do Rio, nesta segunda-feira (9). Os autores são a Associação de Servidores do Município, que reúne funcionários da prefeitura; o deputado Marcelo Freixo com o diretório do PSOL e o vereador Átila Nunes (MDB). Os pedidos só poderão ser analisados quando os parlamentares voltarem do recesso, no fim do mês, ou se aceitarem suspender o recesso para debater o problema.

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Crivella é acusado de oferecer facilidades a pastores e fiéis de sua igreja no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e no pagamento de impostos em reunião fechada na semana passada, no Palácio da Cidade, sede da prefeitura. Segundo o colunista Ancelmo Goias, do jornal O Globo, a vereadora Teresa Bergher (PSDB) faz pressão sobre o presidente da Câmara, Jorge Felippe, para suspender o recesso, mas ele se recusa. Diante disso, ela conseguiu recolher até agora 13 assinaturas de colegas da Câmara para forçá-lo a antecipar a volta dos vereadores, mas para isso são necessárias 17 assinaturas.

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Parlamentares do PSOL também apresentaram uma representação no Ministério Público do Estado (MP-RJ) contra Crivella, bispo afastado da Igreja Universal, por improbidade administrativa. “É necessário que o Ministério Público se posicione sobre aquela absurda reunião do Marcelo Crivella que, de forma flagrante, cometeu crime eleitoral ao fazer campanha em um espaço público antes da hora, como também ofereceu vantagens para que pessoas pudessem furar a fila do sistema de regulação e ter acesso a cirurgias antes da hora”, afirmou o vereador Tarcísio Motta, líder da bancada do PSOL na Câmara, antes da reunião. “Isso é inadmissível pois fere um dos preceitos mais básicos da República, o da igualdade. O prefeito não pode favorecer um grupo de amigos e aliados.”

Na última sexta-feira (6), o MP-RJ já havia informado que pretendia investigar as circunstâncias da reunião.