O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), que cumpriria o terceiro mandato consecutivo a partir do dia 1º de fevereiro, teve a renúncia formalizada pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29). A decisão do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) , de acatar o pedido de Wyllys foi publicada no Diário Oficial da Casa. O documento também traz uma carta do parlamentar que justifica o pedido, encaminhada originalmente ao comando do PSOL.
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“O Brasil nunca foi terra segura para LGBTs nem par os defensores de direitos humanos, e agora o cenário piorou muito”, escreve Wyllys. Ele diz que redescobriu a vida no recesso parlamentar, fora do país. “E estou certo de que preciso disso por mais tempo, para continuar vivo e sobreviver.
Wyllys falou sobre a intenção de renunciar ao mandato e deixar o país em entrevista à Folha de S. Paulo, no último dia 24. Desde o assassinato da colega de partido Marielle Franco, em março do ano passado, Wyllys vive sob escolta policial. Com a intensificação das ameaças de morte, comuns mesmo antes da execução da vereadora carioca, o deputado tomou a decisão de abandonar a vida pública.
“O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis’. E é isso: eu não quero me sacrificar”, justificou.
Leia a carta de Wyllys publicada no Diário Oficial da Câmara.
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