| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Caminhoneiros realizam atos em algumas rodovias pelo país nesta segunda-feira (21), em protesto contra o aumento nos preços do diesel. A categoria já havia prometido a paralisação na semana passada se não fossem atendidas reivindicações apresentadas ao governo federal.

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Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. Segundo eles, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

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Segundo a Polícia Rodoviária Federal, havia 107 pontos de interdição em rodovias federais de todo o país por volta das 16h30 desta segunda. Pelo menos 17 estados são atingidos pelo movimento, com maior incidência no Paraná, Bahia e Minas Gerais. Em boa parte dos casos, há bloqueios parciais das estradas, com trânsito em apenas uma pista,ou atos no acostamento. Mas também há registros de paralisações nos dois sentidos da via.

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Em razão dos reajustes diários no diesel, os caminhoneiros autônomos dizem estar trabalhando no limite. Nos últimos 12 meses, o diesel subiu 16% no posto. O aumento é resultado da nova política de preços da Petrobras, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo.

A reivindicação dos caminhoneiros é apoiada pelos donos de postos de combustíveis, que dizem estar perdendo margens com os aumentos de preços. Segundo o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, o setor vai sugerir ao governo a redução dos impostos sobre os combustíveis e também que a Petrobras faça o reajuste em intervalos maiores.

Contra bloqueios

A manifestação é organizada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), que representa caminhoneiros autônomos em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. A categoria abrange cerca de 600 mil dos 1 milhão de caminhoneiros autônomos do país. As rodovias são o alvo dos bloqueios.

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A CCR NovaDutra havia afirmado na sexta-feira passada (18) que conseguiu liminar favorável à petição de Interdito Proibitório contra essas manifestações. No Paraná, também foi concedida uma liminar proibindo bloqueios sob pena de R$ 100 mil por hora de interdição.