Caos se instala no país após sete dias de greve dos caminhoneiros. Veja balanço

Com a greve dos caminhoneiros completando sete dias, o caos que atingiu inicialmente a distribuição de combustíveis já atinge duramente outros setores em todo o Brasil. Diante da falta de acordo entre grevistas e o governo federal ao longo do fim de semana, a situação foi se agravando.

Veja um balanço do sétimo dia de paralisação pelo país:

Combustíveis

Neste domingo (27), alguns postos foram reabastecidos em pelo menos doze estados graças a escoltas das forças de segurança: Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. A medida, porém, não soluciona o problema de desabastecimento. Em centenas de cidades, os motoristas precisaram aguardar por horas na fila até conseguir reabastecer os veículos.

LEIA TAMBÉM: Caminhoneiros aumentam a pauta de reivindicações

Aeroportos

Segundo o informe mais recente divulgado pela Infraero, no início da noite deste domingo, nove aeroportos estão sem querosene para abastecer os aviões: São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Joinville (SC) e João Pessoa. Voos foram cancelados por todo o Brasil.

“Os aeroportos estão abertos e têm condições de receber pousos e decolagens. Nos terminais em que o abastecimento está indisponível no momento, as aeronaves que chegarem só poderão decolar se tiverem combustível suficiente para a próxima etapa do voo. Aos passageiros, a Infraero recomenda que procurem suas companhias para consultar a situação de seus voos. Aos operadores de aeronaves, a empresa orienta que planejem seus voos de acordo com a disponibilidade de combustível na rota pretendida”, ressalta a Infraero.

LEIA TAMBÉM: Governo estuda tentar barrar greve de petroleiros na Justiça

Alimentos

Conforme estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a normalização do abastecimento de carne de aves e suínos pode levar até dois meses. Os números divulgados pela entidade são alarmantes: 64 milhões de aves e pintainhos já morreram; 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos estão sem ração; 167 unidades de produção de carne suspenderam as atividades; e 234 mil trabalhadores estão parados. Diante da falta de ração e espaço para os animais, existe o risco de canibalização, o que fará com que eles tenham de ser sacrificados.

Além do desabastecimento em supermercados por todo o país, Ceasas de 22 estados foram afetados pela greve dos caminhoneiros.