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Festa em recife atraiu 2 milhões de pessoas | Andréa Rêgo BarrosFoto: Andréa Rêgo Barros
Festa em recife atraiu 2 milhões de pessoas| Foto: Andréa Rêgo BarrosFoto: Andréa Rêgo Barros

Os primeiros dias de carnaval foram de muita festa e alegria em todo o Brasil. Os blocos tomaram as ruas de diversas capitais do país, fazendo milhões de foliões se divertirem ao ritmo de diferentes estilos musicais. Samba, frevo e funk animaram os festejos e provaram que todos os estilos são bem-vindos. Além disso, muita gente aproveitou a bagunça para protestar e teve até escola de samba levando o debate público para o samba-enredo.

No Rio de Janeiro, as marchinhas clássicas de carnaval levaram 340 mil pessoas às ruas para curtir o tradicional Bloco da Bola Preta, que completa 100 anos em 2018. Com a presença de nomes como a atriz Leandra Leal e a cantora Maria Rita, porém, o bloco atraiu bem menos gente do que se esperava. A expectativa dos organizadores era de que o bloco atraísse 1,5 milhão de foliões. 

E se as marchinhas não empolgaram tanto, o funk foi a sensação do carnaval carioca. Há apenas seis anos nas ruas, o Bloco da Favorita fez com que 690 mil pessoas dançassem ao som de “Que Tiro Foi Esse?”, “Vai Malandra” e outros sucessos do gênero. 

Além disso, muitos foliões aproveitaram o evento para fazer protestos políticos. Um dos principais alvos dos cariocas foi justamente o prefeito Marcelo Crivella (PRB).

São Paulo 

Paulo PortilhoRiotur

Já na capital paulista, além dos blocos, as escolas de samba foram o grande destaque. O sábado (10) marcou o segundo dia de desfiles do grupo especial com direito a sambas-enredos que falavam sobre revolução social e homenagens e artistas brasileiros. 

Com o tema “O Povo: A Nobreza Real”, a Império da Casa Verde sugeria uma revolução na qual o povo deixaria de ser dominado, traçando paralelos entre a Revolução Francesa e o Brasil de hoje. O tom político foi tanto que a escola criou uma ala apenas com sambistas batendo panela e chamando o povo para ir às ruas. 

Já a Vai-Vai, maior campeã do carnaval de São Paulo, com 15 títulos, levou ao Sambódromo uma homenagem ao cantor e compositor Gilberto Gil, que também foi destaque em um dos carros alegóricos. A escola abordou várias passagens da vida do artista, desde sua infância, a ameaça da ditadura militar e o exílio — o que gerou vaias e xingamentos de parte do público. Pela Mocidade Alegre, a cantora Alcione foi o tema e o destaque do samba-enredo. 

Salvador 

Considerado um dos carnavais mais animados de todo o Brasil, Salvador também teve uma mistura de estilos em 2018. Além do tradicional axé que arai milhões de foliões, teve funkeira subindo no trio elétrico. A cantora Anitta foi um dos destaques da capital baiana ao puxar um bloco inteiro no circuito Barra Ondina com seus sucessos. 

Além dela, outros nomes um pouco diferentes dos tradicionais embalos baianos apareceram nesses primeiros dias de carnaval em Salvador, entre eles o DJ Alok e as cantoras Jojô Toddynho e Pablo Vittar. 

Outro destaque do carnaval baiano aconteceu fora dos trios elétricos. Afastada da festa por causa de sua gravidez, a cantora Ivete Sangalo deu à luz às suas gêmeas exatamente no sábado de carnaval. 

Recife 

Andréa Rêgo BarrosFoto: Andréa Rêgo Barros

O maior bloco de carnaval do mundo fez jus ao título em Recife. Mesmo com dificuldades na montagem de sua estrutura por causa das chuvas dos últimos dias, o Galo da Madrugada levou nada menos do que 2 milhões de foliões para as ruas históricas da capital pernambucana. Ao todo, foram 30 trios elétricos. 

O destaque deste ano também foi a mudança de estilos. Ao contrário dos anos anteriores, em que abertura do carnaval de Recife era feita ao som do maracatu, o gênero escolhido para 2018 foi o frevo. A alteração aconteceu para homenagear o gênero, que completou 111 anos neste sábado. A troca não agradou os grupos mais conservadores, que reclamam do pouco destaque dado ao maracatu.

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