Pelo menos 15 pessoas foram atropeladas na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, por um motorista que perdeu o controle de seu veículo, por volta das 20h15 desta quinta-feira (18). O carro vinha pela Avenida Atlântica, atravessou a ciclovia e o calçadão e só parou na areia. O acidente aconteceu na altura da Rua Figueiredo Magalhães. Um bebê morreu.
Segundo o jornal O Globo, sete adultos e outras duas crianças foram encaminhadas para o Hospital Miguel Couto.Quatro casos inspiram cuidados, segundo o hospital. Outros feridos foram levados para o Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio.
Até as 21h30, não havia informações sobre o estado de saúde das vítimas – a princípio, segundo o Corpo de Bombeiros, ninguém morreu. O trânsito precisou ser interrompido em duas faixas da Avenida Atlântica, no sentido Leme, no trecho próximo à Rua Figueiredo de Magalhães.
O motorista foi identificado como Antônio de Almeida Anaquim, de 41 anos. Ele foi detido e encaminhado para a 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana, onde o caso será registrado. Anaquim alegou que apagou quando estava dirigindo e subiu a calçada. Ele afirmou sofrer de epilepsia. Segundo a TV Globo, havia remédio para essa doença dentro do veículo. A polícia ainda averiguava a informação durante a noite.
Bebê que morreu tinha oito meses de vida
No fim da noite, foi confirmada a morte de um bebê, Maria, de 8 meses. Ela foi levada à Unidade de Pronto Atendimento de Copacabana, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo o pai de Maria, o motorista de Uber Darlan Rocha de Azevedo, de 27 anos, a mulher dele, Miedes Araújo da Silva, de 23, está internada em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto. O hospital não confirmou o quadro de saúde dessa paciente.
Segundo Azevedo, Miedes não costumava levar o bebê ao calçadão, mas havia feito isso na noite de ontem para passear juntamente com a mãe dela (avó de Maria), que tinha chegado do Recife para visitar a neta. “Eu estava trabalhando, minha mulher estava passeando com minha filha no calçadão, com o carrinho de bebê, e a avó”, disse. O casal tem outro filho - Maria era a caçula - e mora em Copacabana.
“Nem sei como estou falando com vocês”, afirmou aos jornalistas, desolado, na porta da 12.ª DP. “Tem epilepsia e tem carteira de motorista, como pode? Ele (o atropelador) é um assassino, não era para ter carteira de motorista. Minha filha morreu, como vou ficar agora?”
Uma tia do bebê, Solange Maria Marcos, criticou o atropelador. “Na hora ele fugiu e não prestou socorro. Agora vem com um monte de remédios, vem dizer que é doente. Nunca vi uma pessoa doente ter uma habilitação. Agora vai sair daqui, dormir no ar-condicionado, enquanto o pai da Maria vai ficar chorando”.
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