O centro do Rio amanheceu, no dia seguinte aos protestos contra as reformas trabalhistas e previdenciárias, com carcaças de ônibus queimados nas ruas e diversos bancos, edifícios, estações de metrô e VLT depredados. O Hospital Municipal Souza Aguiar, na região central, recebeu sete pessoas que foram feridas nas manifestações; duas delas ainda estavam internadas na manhã de sábado.
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Sem tradição em paralisação geral, Brasil pode fazer disso uma nova rotina. Mas será que esse instrumento de pressão ainda surte o efeito esperado?
Leia a matéria completaA Secretaria Municipal de Saúde informou que ao menos seis dos sete feridos levados ao hospital foram atingidos por balas de borracha. Os dois pacientes que ainda estão internados, um homem e uma mulher, passaram por cirurgia e estão estáveis. Ele teve uma lesão na face por bala de borracha e ela, uma lesão vascular. Os demais feridos já liberados tiveram trauma no tórax, lesão na perna, ferimento no couro cabeludo, trauma de face e ferimento na coxa.
Alguns prédios depredados, localizados na Avenida Rio Branco, próximo à Candelária, no Centro, já passavam por reparos na manhã de sábado. Também eram recolocados tapumes arrancados durante os confrontos. Pelo menos nove ônibus foram incendiados, além de uma picape, segundo a Rio-Ônibus. As estações do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que liga a região portuária ao centro e ao Aeroporto Santos Dumont, tiveram vidros quebrados e placas arrancadas.
A Polícia Militar declarou, em nota divulgada na noite de sexta-feira, que agiu “em vários distúrbios, reagindo à ação de vândalos que, infiltrados entre os legítimos manifestantes, promoveram atos de violência e baderna pelo centro da cidade”. A PM informou ainda que continuava nas ruas, “buscando neutralizar a ação de vândalos que se passam falsamente como manifestantes”. Procurada pela reportagem neste sábado, a Polícia Civil informou não ter ainda um balanço de presos nas manifestações.
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