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 | Gilberto Abelha/Arquivo Gazeta do Povo
| Foto: Gilberto Abelha/Arquivo Gazeta do Povo

O ex-jogador Vampeta fez piada com a afirmação de que vendeu um apartamento para o ex-deputado federal Eduardo Cunha, hoje preso no Paraná. “Queria ser amigo desses caras, pra eles colocarem R$ 51 milhões na minha conta”, ironizou, em referência ao dinheiro encontrado no apartamento vinculado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Em depoimento nesta terça-feira (31), o operador Lúcio Funaro afirmou que comprou, para uma das filhas de Cunha, um apartamento daquele “ex-jogador que deu cambalhotas no Palácio do Planalto”. Vampeta protagonizou a cena na comemoração do pentacampeonato, em 2002, quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso.

Em uma primeira ligação, o ex-volante reagiu com surpresa e disse que não fazia sentido a afirmação, já que não conhecia Cunha nem Funaro. “Mentira do caramba”, afirmou.

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Minutos depois, porém, ligou de volta e disse que era possível, sim, que tivesse feito a venda, mas por meio de algum intermediário. “Quando eu jogava no Corinthians, eu tinha três flats em um hotel no Pacaembu. Vendi dois para um senhor de idade e o outro eu não me lembro para quem, mas não era nem Cunha nem Funaro. Faz uns 8 ou 10 anos. Devem ter mandado alguém comprar”. “Só vi Cunha pela TV e Funaro por causa desses rolos todos”, completou.

Vampeta continuou com as piadas. Disse que se encontrassem R$ 51 milhões em um apartamento seu, teria uma boa resposta. “Se fosse comigo, diria que era bicho pelas tantas vitórias em cima do Palmeiras e do São Paulo”, disse, dando risadas.

No jargão futebolístico, bicho é o valor em dinheiro que os cartolas pagam aos jogadores e comissão técnica por resultados em campo.

Além de ter conquistado o penta com a seleção, na Copa de 2002, Vampeta fez sua carreira jogando pelo Corinthians, time em atuou no auge da carreira, conquistando o Mundial de Clubes de 2000 e os Brasileiros de 1998 e 1999.

Até hoje, o ex-ministro Geddel não explicou a origem dos R$ 51 milhões. Ele está preso na Papuda, em Brasília.

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