O clima esquentou na tarde desta quarta-feira (24) no plenário da Câmara dos Deputados, enquanto manifestantes protestavam do lado de fora para pedir a renúncia do presidente Michel Temer e a realização de eleição direta para escolha de um novo presidente da República.
Durante a sessão, deputados da oposição subiram à mesa diretora da Câmara e começaram a gritar palavras de ordem, como “Fora, Temer!” e “Diretas Já!”. Eles estenderam, ainda, uma faixa que com os dizeres “#ForaTemer”.
Colega de partido de Temer, o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) arrancou a faixa das mãos dos deputados da oposição, o que resultou em gritaria e troca de gritos entre os parlamentares. Em resposta ao protesto da oposição, deputados da base do governo começaram a gritar “Lula na cadeia”. Parlamentares também trocaram empurrões no plenário.
No momento da confusão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não estava no prédio. Segundo a assessoria, ele estava na residência oficial e, diante do tumulto, Maria retornou ao Congresso e reassumiu o comando da sessão.
Maia disse que protestos como esses só prejudicam a imagem da Câmara e que não pode haver “zona” no plenário. “Vamos reorganizar, não pode ter zona. O Parlamento não pode passar essa imagem. A posição contra ou a favor é democrática, agora esse tipo de imagem não agrega nada para campo nenhum”, disse.
Perguntado se os protestos não passam a imagem de que a situação do presidente Temer está muito frágil, Maia disse que é preciso respeitar a imagem da Câmara. Desde que o governo foi atingido pelas acusações da JBS, a única matéria votada foi a medida provisória (MP) que permite o saque de contas inativas do FGTS, aprovada nesta terça-feira (23) após quatro horas de discussão.
“Uma coisa dessas não é questão de imagem, é uma questão de respeito ao plenário da Câmara, não tem nada a ver com o presidente da República”, avaliou Maia.
Apesar de todas as dificuldades para a discussão de matérias no plenário, Maia disse que acredita que o governo ainda conseguirá reorganizar a base e voltar a tocar pautas de seu interesse no Congresso.
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