O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao presidente da Corte, Dias Toffoli, que libere Luiz Inácio Lula da Silva para dar entrevistas de dentro da prisão. O ex-presidente está preso desde abril na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Para o ministro, a liminar que suspendeu as entrevistas está ‘esvaziada’, ou seja, perdeu a validade. O pedido foi feito na segunda-feira (3). O presidente do STF ainda não se manifestou.
“[...] a fundamentação utilizada para o reconhecimento do fumus boni iuris e do periculum in mora foi esvaziada após a realização da Eleição/2018, pela qual o povo brasileiro já conhece o futuro Presidente da República. Portanto, não há mais o suposto risco de interferência no pleito, pelo que cumpre restaurar, sem mais delongas, a ordem constitucional e o regime democrático que prestigia a liberdade de expressão e de imprensa”, escreveu o ministro.
Entenda a polêmica
Ainda durante as eleições, veículos de imprensa, como a Folha de São Paulo, entraram com pedidos no Supremo para autorizar que o ex-presidente Lula desse entrevista. Lewandowski, na época, autorizou que Lula conversasse com jornalistas de dentro da prisão, o que causou bastante polêmica.
Depois, o ministro Dias Toffoli, presidente da Corte, suspendeu a decisão de Lewandowski e concedeu uma liminar proibindo as entrevistas até decisão do plenário do Supremo. A justificativa utilizada seria evitar uma possível “interferência no pleito”.
Com o fim das eleições, Lewandowski acredita que a liminar de Toffoli não tem mais validade e que a decisão de liberar as entrevistas pode ser cumprida imediatamente.
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