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| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Um grupo de simpatizantes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva jogou tinta vermelha em uma das entradas do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, por volta das 12h30 desta terça-feira (24). Os vândalos fizeram uma performance em frente à sede do tribunal com gritos de “Lula livre” e cartazes que simbolizavam a Constituição. Ao final, o grupo arremessou sacos plásticos com tinta vermelha contra o chão da área externa do Salão Branco, por onde os ministros entram para as sessões.

Segundo seguranças do tribunal, de 20 a 30 pessoas chegaram em duas vans para a manifestação. Elas deixaram o local antes de serem abordadas. De acordo com um segurança, parte dos manifestantes usava máscaras e narizes de palhaço. A Polícia Federal vai investigar a autoria do ato de vandalismo.

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A entrada do Salão Branco foi isolada e funcionários do tribunal começaram a realizar a limpeza. Os seguranças disseram que o grupo não fez ameaças físicas. Na última sexta (20), um grupo de simpatizantes de Lula também protestou em frente ao Supremo. Os seguranças suspeitam que sejam as mesmas pessoas.

Lula está preso em Curitiba desde o dia 7 de abril, depois de ter sido condenado em segunda instância na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá. A pena foi fixada em 12 anos e um mês de prisão. O petista nega os crimes e diz ser vítima de perseguição política.

Juízes veem ‘intenção escusa’ de manifestantes

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), maior entidade representativa da magistratura nacional, das esferas estadual, trabalhista, federal e militar, repudiou em nota pública “os atos de vandalismo” na sede do Supremo.

“A AMB tem advertido, em diversas oportunidades, para os riscos que a democracia brasileira tem corrido e reitera os seus posicionamentos para denunciar a intenção escusa dos ataques frequentes ao Poder Judiciário, na clara tentativa de constranger a Justiça”, diz o texto da entidade da toga, subscrito por seu presidente, Jayme de Oliveira.

“Não se pode admitir, sob qualquer pretexto, atos de vandalismo como este que atinge a mais alta instância do Judiciário brasileiro. A AMB reafirma a defesa da do Estado Democrático de Direito e entende que atos dessa natureza não podem permanecer impunes.”

Prédio de Cármen

Em abril, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) jogaram tinta vermelha no prédio em que a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, mantém apartamento no bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

À época, o coordenador do MST em Minas Gerais, Silvio Netto, disse que o protesto foi uma forma de mostrar que os trabalhadores estão dispostos a lutar. “Cármen Lúcia se tornou a inimiga número um dos mineiros”, disse. Segundo o movimento, cerca de 450 sem-terra participaram da manifestação.

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