| Foto: Celso Júnior/Estadão Conteúdo

O advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pediu que o juiz federal Sergio Moro adie novamente seu interrogatório no processo referente a compra de um terreno, pela Odebrecht, para a instalação do Instituto Lula, em São Paulo. Teixeira seria ouvido por Moro na última quarta-feira (6), mas foi hospitalizado um dia antes da oitiva alegando falta de ar e dor no peito.

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O interrogatório foi remarcado para esta quarta-feira (13), mas a defesa pediu um novo adiamento na manhã desta segunda-feira (11). A defesa juntou aos autos o histórico médico do advogado e alegou que, “em função da ‘gravidade dos sintomas recente’, o requerente, apesar de ter recebido alta hospitalar, acha-se em observação, em repouso, impossibilitado de ausentar-se de São Paulo”.

O interrogatório de Teixeira acontece na mesma audiência programada para ouvir o ex-presidente Lula, na quarta-feira (13), às 14 horas. Moro ainda não decidiu se vai atender ao pedido da defesa.

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Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Teixeira teria indicado que o imóvel para o Instituto Lula deveria se localizar perto das vias que levam ao Aeroporto de Congonhas e orientado a compra do terreno em nome de Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista e amigo de Lula José Carlos Bumlai. O advogado também teria atuado na operação de compra do apartamento em São Bernardo (SP), em nome de Glaucos. O imóvel era utilizado por Lula.

A defesa de Teixeira alega que a denúncia do MPF narra apenas condutas praticadas por Teixeira no regular exercício profissional da advocacia. “Os serviços que prestou a um personagem do processo são de exclusiva natureza advocatícia”, segundo os advogados.

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O processo

Segundo a denúncia do MPF, entre 2010 e 2014, Marcelo Odebrecht prometeu uma propina no valor de R$ 12,4 milhões para o ex-presidente Lula, paga na forma da aquisição de um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula. Para receber a propina, Lula contou com o auxílio do ex-ministro Antonio Palocci e de Branislav Kontic, assessor de Palocci, além de Teixeira. O terreno foi comprado por Glaucos e pela DAG Construtora, que agiram como laranjas da Odebrecht.

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O MPF também denunciou Lula, Glaucos e Roberto Teixeira pela lavagem de dinheiro no valor de R$ 504 mil, realizado através da aquisição em favor de Lula de um apartamento em São Bernardo. O imóvel foi mantido no nome de Glaucos, mas foi adquirido com recursos da Odebrecht por intermédio da DAG.