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| Foto: Tânia RêgoAgência Brasil

Pedro Parente, que nesta sexta-feira (1) pediu demissão da presidência da Petrobras, cargo que ocupava desde junho de 2016, vinha sendo muito criticado pela política de preços de combustíveis implantada em sua gestão, e acabou virando culpado número um pela crise dos combustíveis que deflagrou a pior greve dos caminhoneiros dos últimos anos.

Parente, que inicialmente foi considerado o homem que havia tirado a Petrobras do buraco e resgatado o valor de mercado da empresa, logo passou a ser alvo principal de políticos da base do governo, da oposição e virou piada na internet. A desgraça se abateu sobre Pedro, como prefere ser chamado, a partir de 22 de maio, quando negou categoricamente a possibilidade de a Petrobras rever a política de preços que tem causado reajustes diários sobre a gasolina e o diesel comercializados nas refinarias. “Isso nunca foi considerado. Câmbio e preços mudam diariamente, esses fatores não são provocados pela Petrobras”, disse. E completou: “o governo não entra nos assuntos da Petrobras, a Petrobras não comenta assuntos do governo.” 

Leia mais: Como a greve jogou na frigideira o homem que tirou a Petrobras do buraco 

No dia seguinte, diante do agravamento da paralisação dos caminhoneiros e sob pressão de todos os lados, o executivo anunciou uma redução de 10% no preço do litro do diesel por 15 dias, a fim de dar tempo ao governo e ao Congresso para encontrar uma solução que atenda as reivindicações dos grevistas. A medida foi vista como interferência política sobre a empresa – algo tido pelo mercado como imperdoável e que remete aos terríveis anos de governos petistas, que causaram prejuízos bilionários. 

Breve histórico 

Pedro Pullen Parente nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de fevereiro de 1953, filho de Isabel Francisca Pullen e Oswaldo dos Santos Parente. 

1971- Ingressa no Banco do Brasil, através de concurso público e transfere-se, dois anos depois, para o Banco Central. 

1976 – Gradua-se em Engenharia Eletrônica pela Universidade de Brasília. 

1985-86 - É nomeado secretário-geral adjunto do Ministério da Fazenda. 

1987-1988 – Passa por várias funções executivas na Secretaria do Tesouro Nacional. Nesse período, participou da concepção e da implantação do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). 

1989-90 – Assume como secretário de Orçamento e Finanças do Ministério do Planejamento. 

1990- 1991 – Nomeado presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). 

1991 – Assume a Secretaria de Planejamento do então Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, durante a Presidência de Fernando Collor de Mello. 

1993-94 – Atua como consultor do FMI, indo morar nos Estados Unidos. 

1995-1999 – No governo de FHC, ocupa o cargo de secretário executivo do Ministério da Fazenda, na gestão de Pedro Malan. É o responsável pela renegociação das dívidas dos Estados e estimula os governadores a adotarem programas de privatização das empresas públicas. 

1999- Assume o Ministério de Orçamento e Gestão. Em julho do mesmo ano vai para a Casa Civil, onde permanece até o final do governo. 

2001 – Após a crise energética, com apagão em várias partes do País, Pedro Parente foi nomeado para conduzir a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – apelidada de Ministério do Apagão. 

2002 – Coordena a equipe de transição do governo FHC para o governo Lula. 

2010-2014 – Presidente e CEO da Bunge Brasil 

2016 – Assume a presidência da Petrobras, em maio. 

2018 – Pede demissão da presidência da Petrobras, em 1º de junho.

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