Uma ponte e a sede de um juizado foram alvo de ataques com explosivos na madrugada deste domingo (13) no Ceará.
Explosivos foram detonados em uma ponte sobre o rio Choró, na BR-116, uma das principais rodovias federais que cortam o estado, na altura do município de Chorozinho (72 km de Fortaleza).
Não há informações sob os danos causados pelos explosivos, mas a ponte teve que ser escorada e interditada pela Polícia Rodoviária Federal.
Em Fortaleza, explosivos foram detonados em frente ao Juizado Especial Criminal de Fortaleza, no bairro Montese. A explosão do artefato danificou parte de uma das colunas de sustentação do prédio. Policiais chegaram a reagir ao ataque, mas os suspeitos fugiram em um carro.
Também na madrugada deste domingo foram incendiados carros particulares nas cidades de Umirim, no interior do estado, e em Fortaleza, no Bairro Siqueira.
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Este é o 12.º dia de ataques coordenados por facções criminosas no Ceará, iniciados no início do ano após a decisão do governo do estado de não separar mais os integrantes de facções nos presídios cearenses.
Na tentativa de conter o avanço dos criminosos, o ministro da Justiça, Sergio Moro, enviou ao estado tropas da Força Nacional no último dia 4. A crise no Ceará é o primeiro teste de Moro e do governo de Jair Bolsonaro na área da segurança pública, prioridade declarada do novo governo.
Neste sábado (12), os bandidos detonaram uma torre de transmissão de energia em Maracanaú, cidade da Grande Fortaleza. No mesmo dia, a Polícia Civil fez uma operação que resultou na apreensão de cinco toneladas de explosivos e na prisão de cinco pessoas.
Em nota, a secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que 347 suspeitos foram presos ou apreendidos por participação nos atos criminosos desde o início deste ano.
Na noite deste sábado, os deputados estaduais do Ceará aprovaram um pacote de projetos de lei para enfrentar a crise na segurança no estado.
O principal projeto, chamado lei da Recompensa, permitirá a concessão de benefícios financeiros para pessoas que denunciarem autores de ataques violentos no estado ou derem informações que possam impedir os atentados.