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| Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai prestar depoimento nesta quarta-feira (14) no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Michel Temer. A oitiva está marcada para as 11 horas, na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.

Segundo delatores da JBS, Cunha estava recebendo uma mesada na prisão para ficar em silêncio. Os repasses feitos pela JBS tinham o aval de Temer, de acordo com executivos e donos do frigorífico. Tanto Temer como Cunha negam as acusações.

A defesa de Cunha pediu nesta terça (13) ao ministro do STF Edson Fachin, responsável pelo inquérito sobre Temer, para ter acesso a toda a investigação pelo menos 48 horas antes de ele prestar depoimento – o que, na prática, é um pedido de adiamento da oitiva. Fachin ainda não decidiu sobre o pedido.

Rodrigo Sánchez Rios, advogado de Cunha, afirmou à reportagem que o ex-deputado não se nega a falar e está disposto a responder às perguntas, mas, para isso, precisa conhecer todo o teor da investigação. Rios disse que seu cliente não recebeu dinheiro da JBS na prisão.

Leia também: PF recupera trechos inaudíveis da gravação que Joesley fez com Temer

Gravação

Preso desde outubro em Curitiba e condenado em março a 15 anos de prisão, Cunha foi citado na conversa entre o empresário Joesley Batista e Temer, que aconteceu no Palácio do Jaburu. Na ocasião, o dono do frigorífico afirma que havia “zerado as pendências” com Cunha. Joesley diz: “Eu tô de bem com o Eduardo”. O presidente, então, responde: “É, tem que manter isso, viu?”.

A conversa foi gravada por Joesley e é contestada pela defesa de Temer. A perícia sobre a veracidade ainda não foi concluída pela PF.

Sobre Cunha, o empresário afirmou em sua delação premiada ter pago R$ 5 milhões após a prisão dele, em um “saldo de propina” remanescente que possuía.

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