Um curto-circuito em um barraco no 5º andar deu início ao incêndio no Edifício Wilton Paes, no Largo do Paiçandu, no centro de São Paulo, segundo a Polícia Civil. A Polícia Civil esclareceu o caso após localizar e ouvir Walkiria Camargo do Nascimento, que morava no apartamento onde o fogo começou. Segundo as investigações, havia um micro-ondas, uma geladeira e uma televisão conectados a uma tomada, que deu curto e explodiu.
Na hora, Walkiria estava no barraco com o marido, Pedro Lucas de Sampaio Viana Ribeiro, de 32 anos, e dois filhos, uma criança de 3 anos e outra de 10 meses. Todos dormiam. Os moradores só teriam percebido o incêndio com o fogo já avançado. Segundo depoimento, Walkiria conseguiu resgatar a caçula e descer pelas escadas.
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A outra criança sofreu queimaduras e está na UTI do Hospital das Clínicas em estado gravíssimo. O pai queimou 2/3 do corpo e também está internado, entubado, na Santa Casa de São Paulo.
Em entrevista coletiva no local do incêndio na tarde desta quinta-feira (3), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, disse que o prédio tinha diversas irregularidades. “Foi uma fatalidade em um prédio com diversas irregularidades, o que resultou nessa tragédia para tantas famílias.”
Segundo o secretário, a família que morava no barraco onde o incêndio teve início, no quinto andar do edifício, foi separada pelo resgate. “Na hora da confusão, a família foi separada pelo resgate. A mãe (Walkiria) conseguiu salvar um bebê de colo”, afirmou o secretário.
Cobranças. Sobre o inquérito instaurado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para investigar a cobrança de aluguel, o secretário disse que a apuração não ficará restrita ao prédio que desabou, mas se estenderá a outras ocupações na cidade. “(O inquérito) é para apurar cobranças. Vamos investigar as associações e não os movimentos que promovem as ocupações. Investigar as associações que exploram moradores das ocupações.”