A defesa do presidente Michel Temer deu entrada a uma petição, no Supremo Tribunal Federal (STF), para esclarecer ao ministro Luís Roberto Barroso o seu questionamento sobre o acesso a dados que ele classificou como sigilosos, no processo que investiga irregularidades na edição do Decreto dos Portos, assinado em maio de 2017.
De acordo com o Planalto, a defesa de Temer obteve os dados no próprio site do Supremo Tribunal Federal. “O escritório do advogado do presidente Michel Temer, Antônio Mariz, já está esclarecendo ao ministro Luís Roberto Barroso que os dados sobre o presidente estavam disponíveis e foram coletados no site do STF”, informou o Planalto.
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O governo está preocupado com o embate com Barroso e tenta amenizar a situação - embora Temer esteja “indignado” e “perplexo” com a decisão do ministro de pedir a quebra de seu sigilo bancário. O presidente passou esta terça-feira, 6, se queixando da “inconstitucionalidade” da medida adotada e questionando “qual o limite da lei”. De acordo com interlocutores de Temer, a impressão é que ministros do STF criam ou interpretam leis.
A avaliação é de que o dano à imagem política de Temer é um fato. Por causa disso, o presidente tem realizado inúmeras reuniões no Planalto e no Jaburu e está em contato o tempo todo com seu advogado, Antônio Mariz.
O governo está convencido de que os ataques ao presidente integram o cenário eleitoral. Temer diz não ser candidato, mas apostava na intervenção militar na área de segurança no Rio para se fortalecer politicamente e ter algum peso na disputa eleitoral.
Com os ataques, avalia o Planalto, uma candidatura de centro se enfraquece, em um momento em que a esquerda está combalida, com as sucessivas derrotas jurídicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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