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| Foto: Luiz Alves

A defesa do ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (5). No pedido de 45 páginas, o advogado Cezar Bitencourt argumentou que a prisão do seu cliente foi descabida, que Loures não representava ameaça à investigação por não ter mais poder algum e que era “atacado dia e noite” pela imprensa. Ele criticou ainda o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o relator no STF Edson Fachin, que acolheu o pedido de prisão do seu cliente. Rocha Loures foi detido no sábado (3)

“O paciente (Rocha Loures) não conseguiria sair de casa nem se quisesse. Não poderia chegar em um aeroporto, jamais entrar em algum restaurante sob pena de ser linchado”, argumentou Bitencourt no pedido ao STF. “Parece reação desesperada para prender o paciente, que estava calmamente em casa com sua família”, completou.

Esses argumentos foram usados para tentar derrubar a razão de Janot em dizer que ocorreu “reiteração delitiva”, ou seja, que o suposto crime cometido por Loures ainda estava em curso, mesmo não sendo ele mais deputado e nem assessor de Temer. Bitencourt afirmou também que a imprensa foi insuflada por Janot na sua tentativa de impor uma “marcha espetacular” sobre aquele, Loures, “capaz de derrubar o presidente da República”, numa eventual delação.

O advogado criticou Fachin por decretar a prisão de Loures “na calada da noite” e disse que ele foi açodado em determinar a prisão de seu cliente apenas seis horas após ele ter apresentado as razões da defesa de Loures ao tribunal. Fachin afirmou que o delito continuou também dada a uma relação de longa data entre Joesley Batista, do grupo JBS e quem delatou os fatos, e Rocha Loures. Bitencourt disse que se conheceram apenas em março e que o próprio Joesley afirmou numa das gravações não confiar em Loures. “Não passa de pura construção intelectual alheia à realidade fática”.

Bitencourt voltou a fazer duros ataques à Lava Jato e que seus agentes usam métodos ortodoxos para ganhar a mídia e a popularidade. “E transformam seus autores em falsos heróis nacionais. Falsos paladinos da Justiça e ávidos por quinze minutos de popularidade”, acusou o advogado.

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