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| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Citado na delação do operador financeiro Lúcio Funaro, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) foi às redes sociais neste domingo para desqualificar tanto o depoimento como Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República. Moreira é alvo da denúncia que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara por organização criminosa junto com o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e o presidente Michel Temer, apontado também como tendo praticado obstrução de Justiça.

O ministro diz que a delação de Funaro foi uma “encomenda remunerada” feita por Janot, que já havia denunciado Temer por corrupção passiva. A primeira denúncia baseou-se na delação de executivos do grupo J&F, como Joesley Batista. “Como o objetivo da dupla Joesley e Janot era derrubar @MichelTemer, após a derrota na 1.ª denúncia, só um fato novo justifica a segunda flecha”, tuitou Moreira. “Flechada que muito antes foi anunciada pelo PGR. Como faltava-lhe bambu, ocorreria a encomenda remunerada da delação de Funaro”, completou o ministro, que finalizou: “Seria um delivery de matéria-prima: Janot pedia e Joesley pagava. #Brasil #Justiça #Política.” As menções a “bambu” e “flecha” fazem alusão a uma fala de Janot. Segundo o ex-procurador-geral, “enquanto houver bambu, lá vai flecha”.

Leia também:Cinco revelações do depoimento de Lúcio Funaro

As declarações de Funaro, divulgadas em vídeo pelo jornal Folha de S.Paulo na sexta-feira, implicam o grupo denominado “quadrilhão do PMDB da Câmara”, do qual faziam parte o presidente Michel Temer e os ex-deputados Henrique Eduardo Alves, Eliseu Padilha, Moreira Franco e Eduardo Cunha.

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