Um dia após a divulgação da lista com nomes de 39 deputados e de 24 senadores que serão investigados no STF por conta da delação de ex-diretores da Odebrecht o Congresso Nacional amanheceu esvaziado nessa quarta-feira (12). Pouquíssimos parlamentares circularam pelas duas Casas e reuniões de comissões e sessões deliberativas – de votação – nos dois plenários foram canceladas. Na Câmara, por exemplo, o painel registrava presença de 384 deputados ao meio-dia, mas no plenário esse número não chegava a dez. Muitos deles marcaram presença de manhã e viajaram para seus estados.
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Os poucos que apareceram e discursaram se referiram ao clima que se instalou no Congresso. “É triste esse cenário. O plenário esvaziadíssimo, em clima de pós-guerra”, discursou Chico Alencar (PSOL-RJ).
O dia começou com uma sessão solene, de homenagem à Ordem DeMolay – uma organização juvenil de cunho filosófico – com apenas dois parlamentares presentes. Um deles, Domingos Sávio (PSDB-MG), presidente do partido no estado, conterrâneo e próximo do presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), alvo de cinco inquéritos desde ontem.
“Vocês, jovens, estão atentos o que está acontecendo no Brasil. A crise envolve Legislativo e Executivo. É preciso dar o direito de resposta aos que estão sendo acusado, mas o Brasil não pode continuar como está”, disse Sávio.
O líder do PT, Carlos Zarattini (SP), que também está sendo investigado, apareceu no final da manhã e defendeu seu partido, um dos mais atingidos pelas delações. “Não aceitamos condenações midiáticas e não vamos paralisar por isso. Vamos continuar combatendo as reformas que não são de interesse do povo”, afirmou o petista.
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