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Dilma inaugura Porto Mariel com Raúl Castro, em 2010. | R.Stuckert/R.Stuckert
Dilma inaugura Porto Mariel com Raúl Castro, em 2010.| Foto: R.Stuckert/R.Stuckert

A 25 petições baseadas em delações de ex-executivos da Odebrecht e mantidas sob sigilo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin trazem detalhes da atuação de políticos do primeiro escalão do PT e do PMDB em obras e campanhas eleitorais no exterior. Há denúncias contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB).

As delações, segundo reportagem do Estado de S. Paulo, conta como foi a atuação de Lula na negociação da construção do Porto de Mariel, em Cuba, e seu envolvimento em um contrato assinado pela empresa Exergia em Angola – o negócio é propriedade de Taiguara Rodrigues, sobrinho da primeira esposa de Lula.

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Lula teria atuado ao lado do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, para viabilizar a obra do Porto Mariel, construído pela Odebrecht e que recebeu um financiamento de US$ 800 milhões do BNDES. A obra foi inaugurada em 2014 com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff.

Membros do PT também se envolveram em eleições no exterior. Antonio Palocci teria pedido dinheiro para a campanha de Maurício Funes para a presidência de El Salvador, em 2009. Teriam sido repassados R$ 5,3 milhões para pagar pelo trabalho de João Santana. No Peru, teriam sido repassados US$ 3 milhões para a campanha de Ollanta Humala.

Outras três campanhas eleitorais realizadas no Brasil estão nas denúncias sigilosas. Em uma delas, Eduardo Cunha teria pedido R$ 2 milhões para a campanha de Henrique Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014. Outros R$ 500 mil teriam sido repassados para a candidatura de Valdir Raupp (PMDB) ao Senado. E, finalmente, R$ 300 mil teriam ido para a campanha de Luiz Fernando Teixeira Ferreira a deputado estadual pelo PT de São Paulo, em 2014.

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