Grupo influente na Câmara, a bancada ruralista está indignada e adotou uma postura crítica à saída do paranaense Osmar Serraglio do Ministério da Justiça. Parlamentares da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) tem uma reunião prevista com Serraglio nesta segunda-feira (29) e querem “entender” o que aconteceu. Para eles, o agora ex-ministro da Justiça vinha seguindo a cartilha do agronegócio e atendendo aos pleitos do setor.
“Claro que não ficamos contente. O Osmar vinha impondo seu trabalho, seu estilo e tirando aquela mácula ideológica do ministério, que atrapalhava muito a relação com o setor. Vamos nos reunir com ele para entender direito essa mudança. Mas, com certeza, não nos deixa feliz”, disse o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que preside a frente dos ruralistas, à Gazeta do Povo.
Também da linha de frente dessa bancada, o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) lamentou a saída de Serraglio e disse que ele vinha trabalhando, junto com os ruralistas, para uniformizar regras de demarcação de terras indígenas e quilombolas, o grande gargalo hoje para o setor do agronegócio. Heinze afirmou que não só ele, mas toda a bancada trabalhou fortemente para Serraglio assumir a pasta da Justiça e espera agora que os acordos e ações que vinham sendo tratados tenham sequência.
“Eu me empenhei muito para que ele virasse ministro. Lamentamos a saída dele. Estava engrenando um bom trabalho. Entendemos a posição do presidente, que precisa colocar alguém com trânsito nos tribunais, mas o Serraglio era qualificado para o cargo. Nossa preocupação maior – os temas que envolvem questões indígenas e quilombolas – vinha sendo tocado. Ele tem ligação com o setor do agronegócio. Vamos ver o que acontece agora e cobrar que a política tocada por ele seja mantida”, disse Heinze.
Serraglio foi anunciado como novo ministro da Transparência, em rodízio feito com Torquato Jardim, que irá para seu lugar na Justiça. O paranaense ainda não confirmou se aceitará o novo cargo na Esplanada.
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