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| Foto: YURI CORTEZ/AFP

A ex-presidente Dilma Rousseff será ouvida nesta sexta-feira (28) como testemunha de defesa da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, ambos réus da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento de Dilma está marcado para 13h, na sede da Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Na última segunda-feira (24), a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, também foi ouvida como testemunha de Gleisi Hoffmann. No início do mês, foi colhido o depoimento do ex-presidente Lula. Ele disse que Gleisi e Paulo Bernardo não tinham envolvimento com a nomeação de diretores da Petrobras. “Ela (Gleisi) não tinha cargo público, e o Ministério do Planejamento (na época ocupado por Paulo Bernardo) não tinha nada a ver com as indicações da Petrobras”, afirmou Lula.

Leia mais: Ação contra Gleisi é a mais avançada

Gleisi e Paulo Bernardo respondem por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a Procuradoria Geral da República, a campanha de Gleisi ao Senado em 2010 foi abastecida com R$ 1 milhão em propina. Os pagamentos foram revelados nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Eles disseram que o dinheiro foi pedido por Paulo Bernardo. O casal nega as acusações.

O processo começou a tramitar no STF em setembro do ano passado. Segundo reportagem do jornal ‘O Estado de São Paulo’, o relator da Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin, está trabalhando durante o recesso para acelerar o julgamento de políticos. A ação contra Gleisi e Paulo Bernardo está em estágio mais avançado em relação aos demais processos. A expectativa é de que a sentença contra o casal seja proferida até dezembro.

Em mais de três anos de Lava Jato, nenhuma autoridade com prerrogativa de foro foi condenada pelo Supremo. Enquanto isso, em primeira instância, o juiz Sérgio Moro já proferiu 33 sentenças, condenado 157 acusados.

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