| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela condução dos processos da Lava Jato em primeira instância no Rio de Janeiro, usou o Twitter para prestar apoio ao procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba. Na noite deste domingo, Dallagnol havia dito que estará em oração e jejum na quarta-feira (04), dia do julgamento do pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Nesta segunda-feira (02), Bretas disse nas redes sociais que “como cidadão brasileiro e temente a Deus”, vai acompanhar Deltan em oração, “a favor do nosso país e do nosso povo”. O juiz, ao contrário de Deltan, não falou em jejum pela prisão do petista.

Os dois tem sido criticados nas redes sociais por internautas, que acusaram Deltan e Bretas de fanatismo religioso. Alguns internautas também aproveitaram para cutucar Bretas em relação ao recebimento do auxílio moradia.

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Na quarta-feira (04), o STF vai voltar a discutir o pedido de habeas corpus preventivo feito pela defesa do ex-presidente Lula para tentar evitar a prisão do petista após condenação em segunda instância. O julgamento foi interrompido na semana retrasada, que acabou beneficiando Lula com um salvo conduto para evitar a prisão até que os ministros concluam o julgamento. O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) julgou no dia 26 de março os embargos de declaração de Lula no processo do tríplex no Guarujá, que resultou em uma condenação do petista a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Com a decisão do TRF-4 e com base no atual entendimento do STF sobre prisão em segunda instância, Lula já poderia ser preso para começar a cumprir sua pena. O habeas corpus preventivo busca evitar a prisão até que a defesa esgote todos os recursos disponíveis.