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Roberto Freire (à esquerda) foi até a tribuna acompanhar de perto o discurso de Silvio Costa, que o provocava por citação na delação da Odebrecht. | Evandro Éboli    /    Gazeta do Povo
Roberto Freire (à esquerda) foi até a tribuna acompanhar de perto o discurso de Silvio Costa, que o provocava por citação na delação da Odebrecht.| Foto: Evandro Éboli / Gazeta do Povo

A sessão de votação do fundo público para bancar as eleições de 2018 na noite desta quarta-feira na Câmara foi bem tumultuada. Por algumas vezes, deputados quase foram às vias de fato – no popular, quase saíram no braço.

Num desses momentos, o deputado Silvio Costa (Avante-PE) provocou o seu "colega" Roberto Freire (PPS-SP), que foi até a tribuna, onde estava seu detrator, e mobilizou a segurança. E gerou expectativa no plenário. Os outros parlamentares levantaram de suas cadeiras e assistiam a cena, receosos com um desfecho violento.

A cena foi acompanhada de perto pela Gazeta do Povo, que registrou em vídeo a aproximação de Freire, que chegou à tribuna e se postou bem atrás de Costa. Tudo começou porque Costa ficou incomodado com as críticas de Freire ao modelo do fundo que estava sendo votado. O deputado do Avante acusou Freire de posar de "paladino da Justiça" e ter sido citado na delação da Odebrecht, onde supostamente teria sido beneficiado com recursos de R$ 200 mil para sua campanha de 2010. O então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entendeu que o caso prescreveu.

Ao subir na tribuna, Silvio Costa surpreendeu com os ataques e afirmou que Freire se queixa do fundo mas seu partido recebeu R$ 50 milhões do fundo partidário. 

“Você já foi citado. Veja se eu fui? Já foi citado, Roberto. Você vem dar aula de ética, de paladino da Justiça. Eu voto a favor do fundo. Estava calado até agora. Não sou hipócrita. Quero ouvir do presidente do PPS (Freire) onde ele vai prestar conta desses R$ 50 milhões. Quero saber se Roberto Freire assina uma CPI do Fundo Partidário. É um escândalo do Brasil. A maioria dos partidos mete a mão em dinheiro do fundo partidário”, disse Costa. 

Nesse momento, Freire já tinha deixado o meio do plenário, foi até próximo de Costa e, enquanto ele ainda discursava, se colocou atrás. Foi quando quatro seguranças chegaram perto para evitar o pior. Em seguida Freire respondeu e rebateu as acusações:

“Não vou lhe dar informação sobre o fundo partidário. Vá ao tribunal eleitoral e veja lá. E deixe de falar aqui. Busque saber o que é o PPS. Não vou mandar limpar sua boca porque sua boca não tem como limpar. Quero dizer mais. Ser citado no Brasil, e são poucos os que não foram...Não fui processado. E sabia que essa citação seria desmascarada. E não baque melhor do que ninguém até porque você já foi processado e teve que pagar custas e indenização. Não banque o que você não é”, disse Freire. 

Depois, chegou a turma do "deixa disso", e foi para cada um para o seu lado.

Assista ao momento em que Roberto Freire “cola” em Silvio Costa:

Assista à resposta de Roberto Freire:

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