A desembargadora Gilda Sigmaringa Seixas, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, suspendeu a liminar que impedia a posse de Yorann Christie da Costa, filho do deputado federal Wladimir Costa, líder do Solidariedade na Câmara, do cargo de delegado federal no Pará da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Agrário, órgão do governo federal.
Yorann foi destituído do cargo por uma decisão liminar da juíza Mariana Garcia, da Justiça Federal do Pará, por entender que o filho do deputado não tem capacidade profissional para estar no cargo e que sua nomeação seguiu caráter político. E pesou também na decisão o fato de Yorann ter apenas 22 anos. Seu pai ganhou notoriedade durante a votação das denúncias contra o presidente da República por ter tatuado o nome de Michel Temer em um dos braços.
Na sua decisão, a desembargadora do TRF-1 afirmou que as acusações contra Yorann são baseadas em presunções e indícios, e que o fato do nomeado ser jovem, sem experiência profissional e parente de político não são obstáculo para ser nomeado.
Gilda Sigmaringa Seixas entendeu que a tradição de décadas na política nacional admite o "critério exclusivo da confiança como elemento de escolha", ainda que não seja da melhor lógica nomear alguém sem experiência.
A Gazeta do Povo mostrou recentemente que o deputado Wladimir Costa explora bem no seu estado o fato de a Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário do Pará ser comandada pelo filho. O parlamentar comanda atos públicos de entrega de títulos de posse definitivos de terra, política ligada ao órgão chefiado pelo filho desde o final de janeiro.
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