Após 155 anos de existência da versão em papel do Diário Oficial da União (DOU), o governo decidiu suspender a impressão do documento a partir de 1º de dezembro. O acesso passará a ser feito exclusivamente pela internet, o que é um marco de modernidade para o governo, disse nesta quinta-feira, 30, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que participou da cerimônia que marca o fim da versão impressa do DOU.
Segundo dados do governo, a maioria dos leitores da imprensa oficial já acessa o conteúdo pela internet. São 700 mil acessos online ao mês, enquanto a versão impressa circula com tiragem de 6 mil exemplares por dia.
Padilha destacou que a medida vai trazer economia para o País e também impacto positivo para o meio ambiente. Isso porque o governo deixará de consumir 60 toneladas de papel por mês ou 720 toneladas por ano, a um custo estimado de cerca de R$ 204 mil mensais ou R$ 2,5 milhões anuais. Além disso, deixarão de ser consumidos 32 milhões de litros de água por mês para a impressão oficial, o equivalente a pouco mais de oito piscinas olímpicas. “Isso é um grande exemplo e um salto ecológico”, afirmou.
“Esse dia de hoje é histórico por tudo que o Diário Oficial representa. Edição de hoje tem 608 páginas, mas chegamos ao Guiness (livro de recordes) com 2.112 páginas há 20 anos. Agora, podem ser publicadas com quantas páginas forem necessárias sem custo. Temos que buscar outros recordes para nossa imprensa nacional”, disse Padilha.
Durante o evento, a Imprensa Nacional assinou acordo de cooperação para permitir o uso de ferramentas tecnológicas da Microsoft na leitura e processamento do Diário Oficial da União (DOU). A ideia é aprimorar a pesquisa e usar métodos de inteligência artificial para trabalhar nos dados. O órgão também recebeu pelo Ministério do Meio Ambiente certificado de adesão à agenda ambiental da Administração Pública (A3P).
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano